23.12.03

Natal

Que melhor altura para começar a desbobinar pensamentos do que durante a euforia do Natal? Ou durante a falta-de-melhor-do-que-fazer-enquanto-esperamos-por-horas-melhores do que a abençoada época natalícia?
Já despachei os presentes (prendas, prendas, prendas!!!), não vou fritar filhozes [:-)] nem tão pouco tenho crianças com que me preocupar... vou escrever o que me vai na alma. Muitas coisas me ocorrem, nem todas publicáveis e demasiado íntimas para o ciberespaço. Sobre a vida, as pessoas, os amigos, a família, os colegas, toda a gente que gira à nossa volta e que nos inspira a fazer alguma coisa.
A mais importante é mesmo que amanhã é Natal. E não, não é quando um homem quiser. Isso pode ser outro dia qualquer. Natal é mesmo só amanhã e depois. E a seguir vem o fim-de-ano e fazemos promessas à meia-noite que começamos logo a quebrar mal rompem os primeiros raios de sol da manhã do novo ano. E ficamos mais velhos, e mais velhos, e mais velhos e a vida parece sempre igual, ano após ano.
Bolas, que nostalgia dos tempos em que acordava de repente no dia 25 e corria pela casa fora. Tinha um monte de prendas (presentes, presentes, presentes!!!) debaixo do meu sapato e outras tantas debaixo do sapato do meu irmão e mais umas quantas debaixo de sapatos dos dois!
O Pai Natal era esperto, enquanto cabiam debaixo da chaminé na cozinha ficavam por ali mas o fogão era pequenito e depressa se espalhavam pela sala.
Era uma alegria.
Era mesmo Natal.
E depois cresci.