24.2.06

Que alívio

Nem quero falar muito. Pode sempre haver recaídas e ontem parece que ia havendo uma. Mas se calhar foi só coincidência. 6º dente à vista. Ela anda mais bem disposta que nunca, apesar de não querer comer nada em casa. Ontem não jantou, hoje não quis comer nada de manhã. Deve ter umas baterias invisíveis porque tem tanta energia que não vem certamente do que come. Mas está sempre bem disposta, ri-se muito, brinca muito, palra muito, mexe muito. Mexe muito muito muito muito.

Nada a ver com a desgraça da semana passada, com o querer comer e não poder porque ia tudo fora. Mal comparado, senti-me como as mães que não têm comida para dar aos filhos. Eu tinha mas ela não podia comer. Ela queria mas eu não lhe podia dar. É uma sensação horrível ver um filho cheio de fome e por um motivo ou outro não lhe dar de comer. Andou a água uns dias, emagreceu, ficou murcha e chorosa. Não era ela. Como último recurso, levou um cocktail de medicamentos, para os vómitos, para a diarreia e para as cólicas. Foi a 1ª vez que lhe dei alguma coisa para as cólicas porque ela nunca as teve em recém-nascida, e se estas tiverem sido minimamente parecidas com as que eu tive uns dias depois, desgraçada, percebo bem porque é que ela se queixava. Acordou duas horas depois e parecia outra pessoa. Pela 1ª vez em 3 dias quis ir para o chão. Foi buscar os ténis para se calçar e poder ir brincar. Riu-se, brincou. A minha menina tinha voltado. Que alívio.