Sem título senão só podia ser m....

Já lavei mais roupa nos últimos 3 dias do que a que costumo lavar nas semanas mais concorridas (ok, lavou a máquina, mas ela não vai lá para dentro sozinha nem se estende sozinha nem se apanha sozinha). Entre diarreias e vomitados já perdi a conta aos bodies e babygrows e demais peças de roupa. O que começou por ser uma gastroenterite simples diagnosticada pelo pediatra na 2ª feira, transformou-se numa gastroenterite não tão simples assim quando ontem à tarde a terrorista começou a vomitar tudo o que engolia (que já de si não costuma ser muito e agora é menos ainda). Às 3 da manhã choro aflito (acho que ela se assusta quando vomita porque não sabe muito bem porque é que a comida está a sair em vez de entrar) e cama suja, lençóis sujos, edredon sujo... bendita hora em que comprei um daqueles resguardos plásticos para o colchão. E a dobrar porque no domingo um já tinha ido directamente para dentro da máquina, ainda mais sujo que este. Às 3 da manhã mudança de lençóis e mais uma máquina a começar.

E o cheiro... ai, o cheiro. Eu sou muito sensível a cheiros mesmo. E cheiros assim dão-me vómitos também. Não sei qual deles me enoja menos mas acho que o de esgoto da diarreia da gastroenterite consegue ser menos mau que o nauseabundo do vomitado de coisa nenhuma porque ela já não tem coisa nenhuma no estômago (pronto, esta é a parte em que já deviam ter parado de ler). Vai ser bonito vai, na hipótese de vir a estar grávida novamente (só futurologia outra vez, Carla, ok? :-)), se a miúda me resolve vomitar eu vomito a seguir com ela e não há nariz tapado nem deixar de respirar uns segundos que me acuda. Se passei dois meses sem conseguir entrar na cozinha e sem cozinhar e só o cheiro da máquina da loiça me revirava as tripas, porque é que da próxima (hipotética hã!) será diferente?

A última vez que vomitou, água porque não tinha comido nada, foi quase para cima do enfermeiro da triagem no hospital, hoje de manhã. Desde essa altura só bebe água com um pózito para não desidratar. Consta que os miúdos odeiam aquilo, ela baba-se cada vez que vê a seringa. E tem de ser de seringa para ir pouco de cada vez para evitar que venha fora a seguir. Mas ela suga aquilo de tal maneira que nem é preciso carregar no êmbolo, só a força da boca dela faz isso! Se lhe desse o biberon para a mão aposto que marchava tudo. Aquilo sabe assim meio a água do mar meio a sei lá bem o quê. Mas ela adorou e estica-se toda e pede "Dá, dá". Ao fim de umas seringadas já quis ir brincar para o chão na sala de espera do hospital, de collants e de saquinho colado para recolha de urina para análise para despistagem de infecção urinária), andou no cavalinho e ... mais uma vez, subiu o escorrega e escorregou (estou tramada com este terror estou!). Feliz da vida, claro.

Agora adormeceu. Espero que não se lembre de voltar a vomitar a cama porque o edredon ainda não secou e não tenho assim uma quantidade tão infindável de cobertores do tamanho dela. Nem sei para que é que estou para aqui a escrever isto tudo, talvez para não me esquecer do filme mais tarde. Normalmente estes pormenores ficam para nós e não tenho pachorra para os escrever nem acho que alguém tenha interesse em saber. Mas também não é todos os dias que se estreia nas idas à urgência. HGO mais uma vez cinco estrelas, nenhum tempo de espera (só o do xixi que teimava em não sair mesmo que eu lhe fizesse shhhhhhhhhhhh ao ouvido). Se todos fossem assim nem me importava de ficar doente (sim eu sei que é só a pediatria e a obstétrica... obstetrícia... nunca sei - mas como são as únicas urgências que conheço... cinco estrelas atribuídas novamente).