O homem da roupa
Ando há meses a querer descrever a personagem mas ainda não tinha calhado. É que nem sei bem por onde começar. A minha cunhada diz que ele tem um circuito queimado no cérebro e eu estou fortemente inclinada a concordar com ela. Não é que seja má pessoa, muito pelo contrário, simplesmente há ali qualquer coisa que não funciona como devia funcionar. Se calhar é mesmo isso, um circuito mal aparafusado.
Sabem aquelas pessoas com que não nos conseguimos chatear por muito que nos façam e que nos tirem do sério simplesmente porque têm aquelas caras de bonecos de desenhos animados que precisamente nos impedem de nos chatearmos? Pois ele é assim mesmo.
Desde que contratámos os serviços da engomadoria do que é proprietário, que o dia combinado para ele ir lá a casa levar e buscar a roupa para passar a ferro, é a 3ª feira. Mas são mais as terças-feiras que telefona a dizer que "afinal vou só amanhã, está bem?" do que as terças em que efectivamente aparece. Fora as vezes em que não telefona e nós ficamos sem saber se sim ou sopas. E as outras em que como o meu irmão não está em casa ele assume que nós também não e não aparece nem diz nada. Apenas porque vivemos na mesma rua, não somos propriamente siameses nem usamos a mesma roupa!
E quando o confrontamos com o assunto a conversa vai desde
"então, tinha o carro avariado, não sabia?"
Não!!! Como é que íamos saber, pela bola de cristal?
"foi o meu filho que teve um acidente, espetou um ferro no braço"
Nem quero saber o que é que o rapaz andava a fazer.
"Pensava que estavam de férias"
Pensava? Como pensava? Quando vamos de férias avisamos que vamos de férias. Não é por ser Agosto que ele pode assumir que estamos de férias!
Fora aquelas mais corriqueiras de estarem com poucas empregadas. Nunca se lembrou de dizer que o ferro estava avariado mas numa lavandaria com porta para a rua, também acho que isso seria um bocado demais!
E isto é apenas um resumo. E depois ri-se. Ri-se com aquela inocência própria das crianças que fizeram uma asneira ou dos adultos completamente sem maldade. E por muito que eu barafuste e refile e reclame e grite quando ele me faz uma destas e tenha a roupa amontoada de 3 semanas e quase nada no armário porque ele sim esteve de férias, mesmo assim não me consigo chatear com o homem! Porque no fundo, no fundo, com todas as histórias de serviços do género que costumo ouvir, acho que apesar dos circuitos cerebrais avariados e tudo mais, até tive bastante sorte no que me calhou na rifa! É preciso é saber lidar com ele e aprender que não há nada a fazer...
Sabem aquelas pessoas com que não nos conseguimos chatear por muito que nos façam e que nos tirem do sério simplesmente porque têm aquelas caras de bonecos de desenhos animados que precisamente nos impedem de nos chatearmos? Pois ele é assim mesmo.
Desde que contratámos os serviços da engomadoria do que é proprietário, que o dia combinado para ele ir lá a casa levar e buscar a roupa para passar a ferro, é a 3ª feira. Mas são mais as terças-feiras que telefona a dizer que "afinal vou só amanhã, está bem?" do que as terças em que efectivamente aparece. Fora as vezes em que não telefona e nós ficamos sem saber se sim ou sopas. E as outras em que como o meu irmão não está em casa ele assume que nós também não e não aparece nem diz nada. Apenas porque vivemos na mesma rua, não somos propriamente siameses nem usamos a mesma roupa!
E quando o confrontamos com o assunto a conversa vai desde
"então, tinha o carro avariado, não sabia?"
Não!!! Como é que íamos saber, pela bola de cristal?
"foi o meu filho que teve um acidente, espetou um ferro no braço"
Nem quero saber o que é que o rapaz andava a fazer.
"Pensava que estavam de férias"
Pensava? Como pensava? Quando vamos de férias avisamos que vamos de férias. Não é por ser Agosto que ele pode assumir que estamos de férias!
Fora aquelas mais corriqueiras de estarem com poucas empregadas. Nunca se lembrou de dizer que o ferro estava avariado mas numa lavandaria com porta para a rua, também acho que isso seria um bocado demais!
E isto é apenas um resumo. E depois ri-se. Ri-se com aquela inocência própria das crianças que fizeram uma asneira ou dos adultos completamente sem maldade. E por muito que eu barafuste e refile e reclame e grite quando ele me faz uma destas e tenha a roupa amontoada de 3 semanas e quase nada no armário porque ele sim esteve de férias, mesmo assim não me consigo chatear com o homem! Porque no fundo, no fundo, com todas as histórias de serviços do género que costumo ouvir, acho que apesar dos circuitos cerebrais avariados e tudo mais, até tive bastante sorte no que me calhou na rifa! É preciso é saber lidar com ele e aprender que não há nada a fazer...
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