25.10.04

Não estou diabética!

Ufa. Os resultados da porcaria das análises que tive de repetir estavam bons, quase que me arriscava a dizer muito bons mesmo porque estão a meio dos valores de referência para cada picadela de hora a hora.

E qualquer dia acho que tenho de mudar o nome deste blog. Parece que não me ocorre mais nada para escrever a não ser falar do que se passa comigo neste estado, como é que se diz? De graça não é? Já enjoa. Eu estou enjoada de mim própria com estas conversas mas a verdade é que por muito que lesse e ouvisse dizer que tudo mudava, não pensei que mudasse tanto. Não pensei que me custasse tanto dobrar, baixar para apanhar coisas do chão (e agora parece que me cai tudo das mãos, muito mais do que costumava cair e já era muito!), calçar os ténis, atá-los! Fogo, essa parte é complicada mesmo, ficam sempre atados de lado. E subir escadas... bem, essa é a pior parte, parece que cada perna pesa uma tonelada e não há meio de se levantar o suficiente para galgar mais um degrau. Acho que foi por isso que me espalhei nas escadas há uns dias, não levantei a perna o suficiente e catrapum, joelho e mão no chão. E olhar para baixo e não conseguir ver os pés também é interessante... e precisar de ajuda para levantar dos sofás mais "enterrados". E passar a vida na casa de banho também é uma chatice, é um frete ter de vestir e despir mil vezes ao dia mas tem mesmo de ser, é mais forte que eu, o peso na bexiga por vezes é demais para aguentar ainda que tenha acabado de sair da WC 2 minutos antes.

Detesto sentir estas limitações. Deve ser o mais parecido com envelhecer a que se consegue chegar ainda "em novo". E é assustador. Há coisas que os homens não vão saber mesmo nunca.