12.4.04

Tá-se

mesmo muito bem naquela sala minúscula e nada escondida (pronto, tá bem, não era Carnide mas com a ajuda preciosa de uma das actrizes herself lá conseguimos chegar!) no Largo da Luz. Consta que a peça já zarpou para outras paragens mas se voltar, não percam a oportunidade.

Estávamos todos a precisar de rir assim. Ainda que as piadas sejam quase sempre fáceis, ainda que viva muito dos gags físicos (aquelas simulações de sexo entre as duas actrizes são hilariantes), ainda que a média de idades na sala fosse muito inferior à nossa. Ainda assim vale a pena. E para quem pensava que a Inês Castelo-Branco era mais uma modelo armada em actriz e sem jeitinho nenhum, fiquei rendida. A rapariga tem mesmo muito jeito para a comédia e o papel de loura-(loura?? é mais esbranquiçada mesmo!)-burra que lhe coube assenta-lhe que nem uma luva. Não podia ter sido melhor entregue.

Gostei, gostei mesmo. É mais uma lufada de ar fresco no panorama - por vezes chatérrimo, entediante e curador de insónias - do teatro nacional. Não é por acaso que a sala estava cheia de malta nova, muitos mesmo à roda dos 16. Se não for com peças do género, que lhes digam alguma coisa, bem que os teatros podem ficar às moscas porque tá-se bem mas é em casa!