O síndrome do último bebé
A verdade é que ando cheia de tabalho e as duas horas a menos (que não vou deixar de aproveitar nunca jamais em tempo algum) fazem-me imensa falta. Já às vezes almoço a correr ou sem sair da secretária. Mas ontem estiquei-me um bocado e saí mais tarde do que o habitual. E depois ainda fiquei séculos na piscina para inscrever a piolha nas "aulas de adaptação ao meio aquático". Quando cheguei ao colégio eram 6 da tarde em ponto e já não havia bebés na sala! Foi a primeira vez que tive essa sensação. Sempre que chego estão uns 5 ou 6 ou 7, enfim, muitos! Mas ontem já não estava nenhum, ela foi a última a ser "recolhida". Será que por algum momento, à medida que os papás dos outros meninos iam chegando, ela olhou para a porta que se abria a pensar que que era eu? Será que alguma vez lhe passou pela cabeça, à medida que os minutos passavam, que eu não a ia buscar? Será que os bebés desta idade experimentam alguma sensação de abandono. Fiquei cheia de pena dela e prometi a mim mesma que era a primeira e última vez que ela era a última a sair da sala. Mas e quando ela fizer um ano e se acabar a benesse? Lá vou ter de voltar com a palavra atrás. Ai a minha vida.
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