A culpa é do mosquito
Pior do que acordar com o barulho irritante do despertador, é acordar com um mosquito, melga ou afim a zumbir-nos aos ouvidos. Para mim é o suficiente para acordar mal disposta (nos dias em que não acordo mal-disposta só por si, naturalmente). E hoje foi um desses dias. E não é que o "raisparta" do mosquito é mais rápido que a velocidade da luz e não se consegue apanhar nem por nada. E depois, quem é que às 7 da manhã, com os olhos colados de sono, consegue focar um ponto preto na parede e ter a destreza de mãos e de cérebro suficiente para o esborrachar sem dó nem piedade? Ninguém. Ainda para mais para depois assistir ao triste espectáculo de ver escorrer sangue pela dita parede, o nosso sangue! Nestas alturas, desisto, puxo o lençol para cima da cabeça e deixo de o ouvir. Já lá vai o tempo em que saltava alegremente em cima da cama, Jorge Gonçalves em punho (esta só o meu irmão é que vai perceber) a esborrachá-los todos no tecto. Bah. Odeio mosquitos.
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