O artista desperdiçado

A propósito do Dia do Pai, pediram na escolinha que os pais desenhassem a sua própria mão. Fizeram os outros pais (e faria eu se me tivessem pedido a mim) o simples contorno da sua mão. Mas os "artistas" vão sempre mais além e não se contentam em fazer o que os comuns mortais sem jeito nenhum para isto fazem. O "pai da Filipa" fez isto como se fosse a coisa mais simples do mundo. Acredito que seja para quem sabe desenhar, para mim era dor de cabeça, resma de folhas gasta e stress infinito na certa.

Se tu soubesses a inveja que eu tenho de não saber sequer desenhar um quadrado... no próximo Natal fazes tu os enfeites e não se fala mais nisso. É uma pena que o teu talento não seja mais vezes aplicado. É uma pena que não faças por isso. É uma pena que sejas preguiçoso para desenhares mais vezes. É uma pena que até hoje o teu único desenho para mim tenha sido a Basílica da Estrela numa folha de papel de guardanapo entalada no meu pára-brisas.

(sim, estou a picar-te em público mas já sei que vou ganhar o mesmo...)