Pai
Todas as palavras de agradecimento não seriam suficientes para traduzir o que sinto. Mesmo que muitas vezes não pareça. Mesmo que fique sempre por dizer. Agora não vai ficar mais. Pelo menos vai ficar escrito. Para que se propague no tempo e no espaço.
Porque a vida nem sempre é um mar de rosas, há duas pessoas que sempre estiveram lá para me educar, para me ver crescer, para me ralhar, para me apoiar. Mesmo que eu tenha discutido os métodos, hoje reconheço que só podia ter sido assim. E só posso agradecer tudo o que me proporcionaram e que me transformou, mal ou bem, na pessoa que sou hoje.
Nunca mais me esqueço de uma prenda que um dia demos ao nosso pai precisamente no Dia do Pai e que julgo que continua algures pendurada na garagem, toda preta, graças ao escape dos carros. Era um daqueles mini-cartazes, chamemos-lhe assim, de um material entre o papel e outra coisa qualquer, que se usavam há muitos anos com os mais diversos motivos e dizeres. Não me lembro das frases correctas mas era a história da relação entre filhos e pais e do que os filhos achavam do pai ao longo da vida. Aos 10 anos era um herói, aos 20 não percebia nada de nada e por aí fora. O que é que será que se dizia aos 30? Não me lembro. Sei que cada vez o compreendo melhor, que a fase de achar que era o meu herói (que nunca ultrapassei, apesar de todas as circunstâncias), começa novamente a vir ao de cima.
Há bocado as minhas colegas comentavam se eram mais parecidas com o pai ou com a mãe e com qual dos dois entravam mais em choque. Em todos os casos, nunca coincidia. Eu acho que sempre conjuguei os dois num só. Temos ambos alguma dificuldade em expressar sentimentos por palavras. A menos que sejam escritos. A menos que sejam por gestos ou feitos.
Ser pai não deve ser fácil e apesar de não ter essa experiência acho que consigo reconhecê-lo. E agradecer muito por me ter tratado sempre como tratou e principalmente em igualdade de circunstâncias, coisa que não acontecia com nenhuma das minhas amigas com irmãos. Se me interesso por ler devo-o a ele e à fantástica biblioteca que sempre nos proporcionou, se sou perfeccionista (à minha maneira!) devo-o a ele, se me desfaço para conseguir agradar a terceiros aprendi com ele, se tento sempre lembrar-me dos pormenores mais pequenos daquilo que os outros gostam foi ele que me ensinou. Se sei mudar um pneu e pôr gasolina no carro foi graças a ele que me ensinou tudo no mesmo dia em que fez a surpresa de me oferecer o meu primeiro carro. E muito mais coisas que aqui faltam e que devo totalmente a ele (s).
Só espero um dia... conseguir fazer metade do que fizeram e continuam a fazer por mim.
Porque a vida nem sempre é um mar de rosas, há duas pessoas que sempre estiveram lá para me educar, para me ver crescer, para me ralhar, para me apoiar. Mesmo que eu tenha discutido os métodos, hoje reconheço que só podia ter sido assim. E só posso agradecer tudo o que me proporcionaram e que me transformou, mal ou bem, na pessoa que sou hoje.
Nunca mais me esqueço de uma prenda que um dia demos ao nosso pai precisamente no Dia do Pai e que julgo que continua algures pendurada na garagem, toda preta, graças ao escape dos carros. Era um daqueles mini-cartazes, chamemos-lhe assim, de um material entre o papel e outra coisa qualquer, que se usavam há muitos anos com os mais diversos motivos e dizeres. Não me lembro das frases correctas mas era a história da relação entre filhos e pais e do que os filhos achavam do pai ao longo da vida. Aos 10 anos era um herói, aos 20 não percebia nada de nada e por aí fora. O que é que será que se dizia aos 30? Não me lembro. Sei que cada vez o compreendo melhor, que a fase de achar que era o meu herói (que nunca ultrapassei, apesar de todas as circunstâncias), começa novamente a vir ao de cima.
Há bocado as minhas colegas comentavam se eram mais parecidas com o pai ou com a mãe e com qual dos dois entravam mais em choque. Em todos os casos, nunca coincidia. Eu acho que sempre conjuguei os dois num só. Temos ambos alguma dificuldade em expressar sentimentos por palavras. A menos que sejam escritos. A menos que sejam por gestos ou feitos.
Ser pai não deve ser fácil e apesar de não ter essa experiência acho que consigo reconhecê-lo. E agradecer muito por me ter tratado sempre como tratou e principalmente em igualdade de circunstâncias, coisa que não acontecia com nenhuma das minhas amigas com irmãos. Se me interesso por ler devo-o a ele e à fantástica biblioteca que sempre nos proporcionou, se sou perfeccionista (à minha maneira!) devo-o a ele, se me desfaço para conseguir agradar a terceiros aprendi com ele, se tento sempre lembrar-me dos pormenores mais pequenos daquilo que os outros gostam foi ele que me ensinou. Se sei mudar um pneu e pôr gasolina no carro foi graças a ele que me ensinou tudo no mesmo dia em que fez a surpresa de me oferecer o meu primeiro carro. E muito mais coisas que aqui faltam e que devo totalmente a ele (s).
Só espero um dia... conseguir fazer metade do que fizeram e continuam a fazer por mim.
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