Carta aberta a quem usa muitos pseudónimos diferentes
Isto era para ser um simples comentário no post anterior mas já ia tão grande que o continuei aqui.
Meu querido (ou esta palavra é reservada para alguém a quem está no sangue atiçar fogueiras, destilar veneno e preferencialmente arranjar muitas discussões para se ficar a rir por ver tudo à batatada, como é muito próprio do seu mau feitio de quem bebe soda cáustica ao pequeno-almoço? Não admira que até a "melhor amiga" tenha desaparecido sem deixar rasto).
De facto erraste e bem no local. Se tinhas alguma coisa a responder ao meu comentário em paticular, a resposta fazia-se no mesmo sítio e não aqui que não tinha nada a ver. Mas para não dizeres que eu faço censura nem me vou dar ao trabalho de apagar as barbaridades que para aqui escreveste. Primeiro porque sei que foi a quente e depois porque te conheço bem melhor do que tu pensas. Comentários sobre amizades, poupa-me, apenas te tentei explicar as coisas como eu as vejo, se queres saber são mais os que tenho feito do que as que tenho perdido e as que perdi (deves saber mais que eu porque dizes que são muuuuuitos, a menos que estejas a contar com alguns que nunca considerei como tal... e se assim foi, também não deviam ser muito importantes, boa?) Sei exactamente com os que posso contar e news flash, não preciso mesmo nada desse contacto permanente como tu para manter uma boa amizade. Queres testemunhas?
A barriga já a viste (vês, o destino tem destas coisas e mesmo sem querer o pessoal encontra-se. Espero que já tenhas perdido as trombas, ficam-te muito mal!) e o Tejo, caso não tenhas percebido, tem a mesma distância para os dois lados e não é por falta de convite que não vais lá mais vezes. Já tive umas quantas recusas e também não é por falta de me oferecer para te ir buscar a qualquer lado. Que eu me lembre a última vez que algum de nós tentou combinar algo fui eu e tu baldaste-te na véspera porque arranjaste algo melhor para fazer nessa tua complicadíssima agenda social (deixa lá, a peça também era muuuuito estranha, não perdeste grande coisa, mas o que é certo é que "me" trocaste por outro programa qualquer que te satisfazia mais na altura).
Preço da fruta e da madeira deves estar a confundir-me com alguém porque se há coisa que continuo sem saber e acho que nunca vou saber é o preço das coisas no supermercado. Lamento mas a minha costela de dona de casa está muito mal desenv0lvida, só faço mesmo o que tem de ser feito e olha que não é pouco. Mais uma preocupação que não tinha dantes, antes de "me começar a afastar" ou sei lá do que é que me acusas.
E tu não tens culpa nenhuma dos meus enjoos permanentes dos últimos meses, nem tu nem ninguém, nem sequer eu . Mas também não admito a ninguém que me chateie por causa disso. Para tua informação, este sábado foi o meu primeiro dia de praia este ano (sem contar com o Brasil) e viste as horas a que cheguei não foi? Estavas tu a sair de lá. Mas é para veres o que eu tenho saído de casa. As únicas pessoas que me põem a vista em cima são os meus pais e os colegas de trabalho, porque tem mesmo de ser. Não tenho estado com ninguém nem visto ninguém simplesmente porque não me apetece ir a lado nenhum, nem ver ninguém, nem falar com ninguém, no meio deste estado de enjoo permanente pelo qual tu nunca vais passar. Podes perguntar a quem tem testemunhado mais directamente e que me diz sempre "depois vão achar que é por minha causa que não fazes nada com os teus amigos". Mas não é, por minha mesmo. E porque mesmo antes da saga "enjoos" já havia muitas alturas em que preferia ficar em casa. Se tu tivesses o teu espaço, com as tuas coisas, à tua maneira, tenho a certeza que ias mudar um bocadinho de ideias também.
Lamento que não consigas compreender que eu gosto muito mais de escrever do que de falar, lamento mesmo. Principalmente porque eu sempre fui assim e tu sempre soubeste e se sempre te "aturei" tal como tu és, era de esperar que fizesses o mesmo e que o respeitasses. Lamento que não te seja suficiente um olá ainda que seja por e-mail quando essa às vezes é a única maneira prática de manter vivo um contacto. Lamento que não compreendas que as coisas mudam e que se um dia tinhamos os mesmos objectivos e os mesmos gostos, agora já não temos. Porque os meus mudaram e os teus não. Estás no teu direito e eu estou no meu. Só queria que percebesses isso e que não é por isso que continuo a gostar menos de ti ou que já não podes contar comigo como contaste uma certa vez em que me telefonaste a chorar e voei pela estrada para ir ter contigo o mais depressa que pude. Lembras-te?
Ou achas que não tenho saudades dos tempos despreocupados em que falávamos e riamos no parque de campismo até às 7 da manhã com toda a gente a mandar-nos calar e iamos dormir à hora a que os outros campistas se estavam a levantar? Ou quando íamos para a praia todos os fins-de-semana à hora a que os noctívagos estavam a sair da Gartejo? Ou das cartas intermináveis escritas a 20 cores e cortadas em puzzle e com restos de ketchup? Ou dos passeios vespertinos ao McDonald's apenas para estar um bocado na galhofa e na parvoíce? Ou das pipocas com maionese? Ou das sandes de atum e mostarda? Ou das "escaladas" em Sintra com nós os dois sempre a liderar a maralha? Ou de tantas outras coisas que podia ficar aqui eternamente a enumerá-las? Podes crer que tenho, tenho saudades como se tem de uma lembrança boa de tempos que já passaram, que recordamos com saudade e com um brilho nos olhos mas não com vontade de repetir novamente. E não me venhas com a conversa do estar velha. Simplesmente as coisas mudam. A maioria das pessoas aceita isso, tu não queres aceitar mas pelo menos dá-me a mim o direito de já não ter a mesma vontade de fazer tudo como quando tinha 20 anos. Bem vistas as coisas, das que costumavam fazer todas aquelas coisas, sobraram quantas a querer fazer o mesmo? Tu.
As coisas mudam mas a amizade pode manter-se, em moldes diferentes. Não há um só conceito de amizade por mais que aches que o teu é que está certo (e não me parece que dizeres mal de um e de outro à vez e eles de ti se traduza numa amizade muito forte, ora te chateias com uma pessoa ora com outra e agora estou eu na berra, no ano passado na Serra estavas fulo como nunca te vi e não era comigo, remember?). Tenho amizades de há 30 anos, de há 20, de há 10 e é óbvio que não foram sempre da mesma maneira, acompanharam o crescimento natural do ser humano. E se não queres compreender isso, é pena, já fiz várias tentativas para que o compreendas, nada do que te escrevi na 6ª é novidade, já te disse o mesmo mais que uma vez. Sabes que podes continuar a contar comigo só que não da mesma maneira. Está descansado que se prometi ligar-te esta semana, ligo mesmo. Mas porque sei que me vou esquecer de metade do que quero dizer, prefiro que fique já aqui. Afinal também tenho direito de resposta. Fica bem.
Meu querido (ou esta palavra é reservada para alguém a quem está no sangue atiçar fogueiras, destilar veneno e preferencialmente arranjar muitas discussões para se ficar a rir por ver tudo à batatada, como é muito próprio do seu mau feitio de quem bebe soda cáustica ao pequeno-almoço? Não admira que até a "melhor amiga" tenha desaparecido sem deixar rasto).
De facto erraste e bem no local. Se tinhas alguma coisa a responder ao meu comentário em paticular, a resposta fazia-se no mesmo sítio e não aqui que não tinha nada a ver. Mas para não dizeres que eu faço censura nem me vou dar ao trabalho de apagar as barbaridades que para aqui escreveste. Primeiro porque sei que foi a quente e depois porque te conheço bem melhor do que tu pensas. Comentários sobre amizades, poupa-me, apenas te tentei explicar as coisas como eu as vejo, se queres saber são mais os que tenho feito do que as que tenho perdido e as que perdi (deves saber mais que eu porque dizes que são muuuuuitos, a menos que estejas a contar com alguns que nunca considerei como tal... e se assim foi, também não deviam ser muito importantes, boa?) Sei exactamente com os que posso contar e news flash, não preciso mesmo nada desse contacto permanente como tu para manter uma boa amizade. Queres testemunhas?
A barriga já a viste (vês, o destino tem destas coisas e mesmo sem querer o pessoal encontra-se. Espero que já tenhas perdido as trombas, ficam-te muito mal!) e o Tejo, caso não tenhas percebido, tem a mesma distância para os dois lados e não é por falta de convite que não vais lá mais vezes. Já tive umas quantas recusas e também não é por falta de me oferecer para te ir buscar a qualquer lado. Que eu me lembre a última vez que algum de nós tentou combinar algo fui eu e tu baldaste-te na véspera porque arranjaste algo melhor para fazer nessa tua complicadíssima agenda social (deixa lá, a peça também era muuuuito estranha, não perdeste grande coisa, mas o que é certo é que "me" trocaste por outro programa qualquer que te satisfazia mais na altura).
Preço da fruta e da madeira deves estar a confundir-me com alguém porque se há coisa que continuo sem saber e acho que nunca vou saber é o preço das coisas no supermercado. Lamento mas a minha costela de dona de casa está muito mal desenv0lvida, só faço mesmo o que tem de ser feito e olha que não é pouco. Mais uma preocupação que não tinha dantes, antes de "me começar a afastar" ou sei lá do que é que me acusas.
E tu não tens culpa nenhuma dos meus enjoos permanentes dos últimos meses, nem tu nem ninguém, nem sequer eu . Mas também não admito a ninguém que me chateie por causa disso. Para tua informação, este sábado foi o meu primeiro dia de praia este ano (sem contar com o Brasil) e viste as horas a que cheguei não foi? Estavas tu a sair de lá. Mas é para veres o que eu tenho saído de casa. As únicas pessoas que me põem a vista em cima são os meus pais e os colegas de trabalho, porque tem mesmo de ser. Não tenho estado com ninguém nem visto ninguém simplesmente porque não me apetece ir a lado nenhum, nem ver ninguém, nem falar com ninguém, no meio deste estado de enjoo permanente pelo qual tu nunca vais passar. Podes perguntar a quem tem testemunhado mais directamente e que me diz sempre "depois vão achar que é por minha causa que não fazes nada com os teus amigos". Mas não é, por minha mesmo. E porque mesmo antes da saga "enjoos" já havia muitas alturas em que preferia ficar em casa. Se tu tivesses o teu espaço, com as tuas coisas, à tua maneira, tenho a certeza que ias mudar um bocadinho de ideias também.
Lamento que não consigas compreender que eu gosto muito mais de escrever do que de falar, lamento mesmo. Principalmente porque eu sempre fui assim e tu sempre soubeste e se sempre te "aturei" tal como tu és, era de esperar que fizesses o mesmo e que o respeitasses. Lamento que não te seja suficiente um olá ainda que seja por e-mail quando essa às vezes é a única maneira prática de manter vivo um contacto. Lamento que não compreendas que as coisas mudam e que se um dia tinhamos os mesmos objectivos e os mesmos gostos, agora já não temos. Porque os meus mudaram e os teus não. Estás no teu direito e eu estou no meu. Só queria que percebesses isso e que não é por isso que continuo a gostar menos de ti ou que já não podes contar comigo como contaste uma certa vez em que me telefonaste a chorar e voei pela estrada para ir ter contigo o mais depressa que pude. Lembras-te?
Ou achas que não tenho saudades dos tempos despreocupados em que falávamos e riamos no parque de campismo até às 7 da manhã com toda a gente a mandar-nos calar e iamos dormir à hora a que os outros campistas se estavam a levantar? Ou quando íamos para a praia todos os fins-de-semana à hora a que os noctívagos estavam a sair da Gartejo? Ou das cartas intermináveis escritas a 20 cores e cortadas em puzzle e com restos de ketchup? Ou dos passeios vespertinos ao McDonald's apenas para estar um bocado na galhofa e na parvoíce? Ou das pipocas com maionese? Ou das sandes de atum e mostarda? Ou das "escaladas" em Sintra com nós os dois sempre a liderar a maralha? Ou de tantas outras coisas que podia ficar aqui eternamente a enumerá-las? Podes crer que tenho, tenho saudades como se tem de uma lembrança boa de tempos que já passaram, que recordamos com saudade e com um brilho nos olhos mas não com vontade de repetir novamente. E não me venhas com a conversa do estar velha. Simplesmente as coisas mudam. A maioria das pessoas aceita isso, tu não queres aceitar mas pelo menos dá-me a mim o direito de já não ter a mesma vontade de fazer tudo como quando tinha 20 anos. Bem vistas as coisas, das que costumavam fazer todas aquelas coisas, sobraram quantas a querer fazer o mesmo? Tu.
As coisas mudam mas a amizade pode manter-se, em moldes diferentes. Não há um só conceito de amizade por mais que aches que o teu é que está certo (e não me parece que dizeres mal de um e de outro à vez e eles de ti se traduza numa amizade muito forte, ora te chateias com uma pessoa ora com outra e agora estou eu na berra, no ano passado na Serra estavas fulo como nunca te vi e não era comigo, remember?). Tenho amizades de há 30 anos, de há 20, de há 10 e é óbvio que não foram sempre da mesma maneira, acompanharam o crescimento natural do ser humano. E se não queres compreender isso, é pena, já fiz várias tentativas para que o compreendas, nada do que te escrevi na 6ª é novidade, já te disse o mesmo mais que uma vez. Sabes que podes continuar a contar comigo só que não da mesma maneira. Está descansado que se prometi ligar-te esta semana, ligo mesmo. Mas porque sei que me vou esquecer de metade do que quero dizer, prefiro que fique já aqui. Afinal também tenho direito de resposta. Fica bem.
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