30.8.04

Mamas

Está encontrada a explicação para o fenómeno, o porquê da paranóia masculina pelos apêndices mamários femininos. Tudo começa no berço e essa é que é essa. Descobri isto agora com uma colega, mãe recente do típico bebé de anúncio, rechonchudo, de olhos claros, lindo, um autêntico bebé chorão sem a parte má do choro. Diz ela que para o puto de 6 meses, ela própria, a sua própria mãe que o deu à luz com tanto esforço, não é mais do que um par de chuchas gigantes. E que os olhos dele seguem avidamente não só as "chuchas" dela como qualquer outro par de chuchas que se atravesse no caminho. E dá com ele na praia a olhar arregalado para as partes de cima dos biquinis das outras mulheres todas! Tal e qual aqueles homens que falam com as mulheres a olhar para os decotes delas em vez de as olharem nos olhos. Será que as bebés femininas também fazem isto? Fica no ar a questão.

Esta parte do corpo também é a única que fica minimamente interessante durante o estado de gravidez. Tudo o resto era perfeitamente escusado, torna-se gigante, disforme, esticado, horrível. Aliás, para muitos deles, o aumento brutal de nº de soutien das suas amadas é mesmo a única coisa de positivo na gravidez delas. Mesmo para grande parte das mulheres esta é efectivamente uma grande vantagem e motivo de orgulho e contentamento, segundo tenho lido em alguns blogs por aí. Não me consigo incluir no grupo. Não me sinto nem melhor nem mais mulher por isso. Interessante então é que não acho mesmo. Nunca tive vontade de ter "mamas grandes". Pelo contrário, acho horrível. Não deve dar jeito nenhum e além disso não nasci para vaca leiteira e parideira que é como me sinto agora ao olhar para o espelho acabada de sair da banheira. Sinto-me descomunalmente grande e isto ainda é só o início porque ainda só agora comecei a notar a barriga a crescer e até a gostar de exibi-la com orgulho. Até aqui, aquilo não me parecia nada. Vou ter tempo de me arrepender de dizer que "nunca mais cresce" segundo já me informaram as mais entendidas.

Mas voltando ao tema, não tenho mesmo pretensões nenhumas a Pamela Anderson e confesso que me faz alguma confusão e não consigo compreender as mulheres que não conseguindo conviver com o próprio corpo, recorrem a implantes e depois dizem que eram infelizes e agora que finalmente têm o tamanho de peito com que sempre sonharam, se sentem "muito mais mulheres". Parece-me um grande atestado de estupidez às mulheres que não sendo sósias de Dolly Parton, são felizes com o aspecto que têm, e com o "tamanho" que lhes calhou em sina. Desde quando é que tamanho é felicidade mesmo? Vantagens só vejo a daquela americana (where else?) que foi espetada por um espadarte e só não morreu porque o implante borrachoso protegeu o pulmão de ser furado, como vi na Oprah há uns dias.

Pois é, os homens são homens desde que nascem e não há volta a dar. Mesmo agora acabei de saber também que às 22 semanas, a minha cria, se for homem porque ainda não sei se é ou não, já brinca com o próprio pénis. Eu sabia que eles começavam cedo, mas tanto assim???