Arghhhhhhhhhhhhh
Isto está a começar a fazer-me cócegas e como tal, nada melhor que desabafar. Gostava de saber onde é que está escrito que é obrigatório baptizar uma criança sob pena de, sei lá, expulsão do país ou excomungação social. E porque é que toda a gente assume que a Filipa vai ser baptizada? Porque é que ninguém pergunta "vão baptizá-la?" Não, as perguntas, mais em forma de afirmações, são mais do género "quando baptizarem...", "no baptizado"... "quem vão ser os padrinhos?"... e outras do género. Até agora tenho-me mantido calada e prefiro fingir que nem ouvi. Mudar de assunto parece-me sempre uma boa opção. Mas começa a dar-me cócegas no céu da boca não poder dizer alguma coisa por respeito a quem faz as perguntas. Vejam bem que até pessoas que eu não conheço de lado nenhum me queriam impingir uma toalha de baptismo do sobrinho ou da sobrinha, muito bonita, toda rendada e o raio que a parta. Acho que a criança ainda nem tinha nascido!
Hello, alguém pediu alguma coisa? Alguma vez saiu da minha boca as palavras "Vou baptizar a Filipa?" Não pois não? Então porque é que toda a gente acha que sim como se isso fosse uma obrigação? Porque se calhar é mesmo uma obrigação. Porque a maioria das pessoas (nem tentem negar!) baptiza as crianças porque sim, porque é suposto, porque isso é o mais comum e não por uma questão de fé ou por acreditarem mesmo no que estão a fazer. Porque é que eu casei na Igreja? Para fazer a vontade, não porque isso me desse especial gozo ou fosse minha convicção. Não acham que já fui hipócrita o suficiente? Tenho de repetir a dose? E isso não é bem pior do que simplesmente não baptizar, ir para lá fazer um frete e não concordar com uma só palavra que o padre papagueia como outros papaguearam igual desde há milhares de anos?
Fui madrinha de baptismo da minha afilhada com 16 ou 17 anos. Mas lembro-me bem do padre dizer qualquer coisa do género que se os pais faltassem eram os padrinhos que assumiam as obrigações com a criança e bla blá blá. Pois claro, se acontecesse alguma coisa aos pais da minha afilhada, era mesmo eu, com 17 anos que ia tomar cotna dela, pois claro. Faz todo o sentido. Com tantos primos e tios e avós que ela tem e que moram lá ao lado era mesmo eu que teria ficado com ela. Pois então. Mas porque é que não se actualizam de uma vez e dizem as coisas como devem ser ditas? Os padrinhos são aqueles como podiam ser outros quaisquer, o que é preciso é duas pessoas para assinar o papel para a seguir se poder fazer um almoço. E é nisso que consiste a maioria dos baptizados hoje em dia. Nem vale a pena tentarem convencer-me do contrário, simplesmente não acredito. Temos padres pedófilos, outros com filhos ilegítimos (pois, legítimos não podia ser) , assumidamente homossexuais (não era suposto serem assexuados, já que são celibatários?) e outras coisas que tais e estão à espera que eu queira "confiar" a minha filha a uma Igreja decrépita e podre como esta? São conservadores, retrógrados, não conseguem admitir que estamos no séx XXI (bem, nem vou começar a falar deste papa que acha que vive no séc. XV porque aí então é que ela nunca vai ser baptizada mesmo).
Daqui a duas semanas temos um baptizado do filho de uns amigos. Não tenho nada contra as pessoas que querem baptizar os seus filhos, atenção, só tenho contra quem me quer "obrigar" a fazer o mesmo. Já me estou a preparar para ouvir a pergunta "então quando é que vocês baptizam a vossa?" mas nesta situação e com estas pessoas estou perfeitamente à vontade para dizer "Nunca" e receber o olhar de reprovação ou admiração e espanto que vier dali. Porque quem diz uma coisa destas não pode ser normal (pensam eles). Mas eu acho que é e quanto mais penso nisso mais vontade tenho de fazer finca pé. Se eu já fiz a vontade uma vez porque é que não me hão-de fazer a minha?
Claro que achava piada que ela tivesse padrinhos só para poder dizer que tem padrinhos mas não os posso escolher à mesma? Fazer uma festa à mesma? Tipo assim baptizado no registo civil sem ser na Igreja como os casamentos? Uma dessas assim eu já topava. E não me sentia hipócrita.
Não, não vou de livre e espontânea vontade dizer a um padre que quero que a minha filha seja aceite na Igreja e bla blá blá. Eu não acredito numa só palavra do que eles estão a dizer, cambada de retrógrados hipócritas e falsos, logo porque raio é que hei-de querer que ela possa dizer que é baptizada? Quando lhe apetecer um dia e se lhe apetecer e for ela a escolher, terá todo o meu apoio mas agora não. Quem sou eu para lhe impor uma coisa destas? Imponho-lhe que coma, que tome banho e que seja feliz, mas não é por levar com água na cabeça e alguém estar com ela ao colo a segurar uma vela que ela vai ser mais feliz. Ou é?
Hello, alguém pediu alguma coisa? Alguma vez saiu da minha boca as palavras "Vou baptizar a Filipa?" Não pois não? Então porque é que toda a gente acha que sim como se isso fosse uma obrigação? Porque se calhar é mesmo uma obrigação. Porque a maioria das pessoas (nem tentem negar!) baptiza as crianças porque sim, porque é suposto, porque isso é o mais comum e não por uma questão de fé ou por acreditarem mesmo no que estão a fazer. Porque é que eu casei na Igreja? Para fazer a vontade, não porque isso me desse especial gozo ou fosse minha convicção. Não acham que já fui hipócrita o suficiente? Tenho de repetir a dose? E isso não é bem pior do que simplesmente não baptizar, ir para lá fazer um frete e não concordar com uma só palavra que o padre papagueia como outros papaguearam igual desde há milhares de anos?
Fui madrinha de baptismo da minha afilhada com 16 ou 17 anos. Mas lembro-me bem do padre dizer qualquer coisa do género que se os pais faltassem eram os padrinhos que assumiam as obrigações com a criança e bla blá blá. Pois claro, se acontecesse alguma coisa aos pais da minha afilhada, era mesmo eu, com 17 anos que ia tomar cotna dela, pois claro. Faz todo o sentido. Com tantos primos e tios e avós que ela tem e que moram lá ao lado era mesmo eu que teria ficado com ela. Pois então. Mas porque é que não se actualizam de uma vez e dizem as coisas como devem ser ditas? Os padrinhos são aqueles como podiam ser outros quaisquer, o que é preciso é duas pessoas para assinar o papel para a seguir se poder fazer um almoço. E é nisso que consiste a maioria dos baptizados hoje em dia. Nem vale a pena tentarem convencer-me do contrário, simplesmente não acredito. Temos padres pedófilos, outros com filhos ilegítimos (pois, legítimos não podia ser) , assumidamente homossexuais (não era suposto serem assexuados, já que são celibatários?) e outras coisas que tais e estão à espera que eu queira "confiar" a minha filha a uma Igreja decrépita e podre como esta? São conservadores, retrógrados, não conseguem admitir que estamos no séx XXI (bem, nem vou começar a falar deste papa que acha que vive no séc. XV porque aí então é que ela nunca vai ser baptizada mesmo).
Daqui a duas semanas temos um baptizado do filho de uns amigos. Não tenho nada contra as pessoas que querem baptizar os seus filhos, atenção, só tenho contra quem me quer "obrigar" a fazer o mesmo. Já me estou a preparar para ouvir a pergunta "então quando é que vocês baptizam a vossa?" mas nesta situação e com estas pessoas estou perfeitamente à vontade para dizer "Nunca" e receber o olhar de reprovação ou admiração e espanto que vier dali. Porque quem diz uma coisa destas não pode ser normal (pensam eles). Mas eu acho que é e quanto mais penso nisso mais vontade tenho de fazer finca pé. Se eu já fiz a vontade uma vez porque é que não me hão-de fazer a minha?
Claro que achava piada que ela tivesse padrinhos só para poder dizer que tem padrinhos mas não os posso escolher à mesma? Fazer uma festa à mesma? Tipo assim baptizado no registo civil sem ser na Igreja como os casamentos? Uma dessas assim eu já topava. E não me sentia hipócrita.
Não, não vou de livre e espontânea vontade dizer a um padre que quero que a minha filha seja aceite na Igreja e bla blá blá. Eu não acredito numa só palavra do que eles estão a dizer, cambada de retrógrados hipócritas e falsos, logo porque raio é que hei-de querer que ela possa dizer que é baptizada? Quando lhe apetecer um dia e se lhe apetecer e for ela a escolher, terá todo o meu apoio mas agora não. Quem sou eu para lhe impor uma coisa destas? Imponho-lhe que coma, que tome banho e que seja feliz, mas não é por levar com água na cabeça e alguém estar com ela ao colo a segurar uma vela que ela vai ser mais feliz. Ou é?