28.7.05

A idade não perdoa

De caminho para o trabalho dou sempre de caras com o Sr. Alberto Antunes (acho que é esse o nome) que está espalhado por vários outdoors em Almada. O senhor apregoa "Almada está parada no tempo. É hora de seguir em frente" (ou qualquer coisa assim parecida). Só que o senhor, apesar do ar simpático, aparenta ter mais de 70 anos (pode até nem ter, nunca fui boa a dar palpites sobre idades). Ora se Almada está parada no tempo, uma pessoa mais jovem não faria muito mais sentido do que alguém que tem idade para ser avô da própria cidade (sim, informei-me, Almada é cidade desde 1973!)? Ou então simplesmente o slogan não foi assim muito bem escolhido. Desculpa lá mas acho que não vou votar em ti.

É isso e o Mário Soares ser presidente outra vez. Dá para não concorrermos ao Guiness na categoria de "presidente mais velho do mundo"? Por muito bom presidente que ele tenha sido, por muito inteligente que seja, por muita falta que faça, por muitas saudades que tenhamos de o ouvir dizer "mon-ami-miterrand", por muito respeito que todos tenhamos por ele, não estava na altura de ir para casa brincar com os netos e bisnetos? Convenhamos, 80 anos é muito ano. E se ele morre a meio do mandato? Já pensaram? Knoc, knoc, knoc mas convenhamos, a partir dos 80 há fortes probabilidades. Não seria uma chatice bem maior do que agora escolher outro qualquer? Desculpa mas palpita-me que também não vou votar em ti.

27.7.05

Já chega

Para quem ia e não voltava, voltaste foi depressa demais. Além de estúpido(a) é mentiroso(a). Agora ou deixas de ser cobarde ou desapareces de vez. Adeus!

De repente

Começou a chover e ficámos os dois feitos parvos a olhar pela janela. Parecíamos dois putos que nunca tinham visto água a cair do céu. Como se fosse a nossa primeira vez a ver o mar ou a brincar na neve. Mas aquilo era só chuva! Não me tinha apercebido que estava com tantas saudades de ver a chuva e principalmente de a cheirar. Mas já percebi que outros amigos tiveram a mesma reacção: "Olha, está a chover!"

26.7.05

Mea culpa

Isto ficou tão grande para comentário que além de ter enviado por e-mail para a Costinhas resolvi partilhar com toda a gente (acho que ela não se importa) e estender publicamente as desculpas a quem ficou ofendido, porque não era essa a intenção. Só mesmo quem me conhece percebe que o objectivo, como digo em baixo, não era ofender mas sim caricaturizar. Por isso, porque simplesmente não me apetece chatear ninguém, cá vai disto. De chatices já está o mundo cheio!

Olá

Chateia-me passar a vida a pedir desculpas pelo que escrevo apenas porque as outras pessoas não concordam com o que penso. Na verdade, ninguém é obrigado a ler não é? E se isto dos blogs é suposto ser democrático e livre, todos têm direito a dizer o que pensam sem serem julgados. Infelizmente, e já vem de trás, não começou agora, acontece-me imensas vezes ter comentários menos simpáticos acerca do que escrevo, apenas porque as pessoas não concordam. Não foi o caso, atenção, isto era mais um desabafo introdutório do que outra coisa. É que já levei muito na cabeça sem ter feito mal nenhum.

O que eu queria mesmo dizer era pedir desculpa se te ofendi porque não era de todo essa a intenção. Aliás, eu expliquei a intenção e tu percebeste perfeitamente. Mas mesmo assim quero pedir desculpa, não pelo que disse porque continuo a pensar da mesma forma, mas se calhar pela maneira como o disse. Tenho esse defeito, se lhe quiseres chamar, de tornar as coisas de tal forma redutoras e simplistas que parece que estou a ofender mas na verdade é apenas uma maneira de fazer ironia, assim do género de uma caricatura mas em texto, percebes? E fui ao exagero de falar em vacas e assim. Só é pena que as pessoas não percebam que eu não estava a chamar vaca a ninguém de forma pejorativa, pelo contrário, até me chamei a mim mesma, mas isso era apenas uma forma de caricaturizar a situação, não para ofender.

É óbvio que não tenho nada a ver com as outras pessoas e cada um é livre de fazer o que bem entende assim como eu também sou livre de dizer que a mim me fazem confusão algumas coisas, principalmente no meu blog. Se reparares bem e eu sei que andas atenta porque te costumo "ver" por aí, eu nunca comentei nenhum texto dos milhentos que já li em que as mamãs se queixavam de ter de deixar de amamentar. Pensei cá para comigo que se fosse eu estava contente em vez de triste (depois dos 4 meses ou isso, não antes que também não sou maluca) mas nunca o escrevi porque respeito demasiado essas pessoas que sentem mesmo aquilo como uma das coisas mais importantes da vida delas, ainda que me custe um bocadinho a compreender alguns dramas. Agora no meu próprio espaço é uma coisa totalmente diferente, aí já sou livre de escrever o que bem entendo. Foi por isso que criei um blog, para dizer todos os disparates que me apetecesse dizer, prefiro assim do que escrever disparates nos blogs dos outros, não achas?

Se escreveres que a ti te irritam ou chateiam ou fazem confusão as pessoas que, como eu, não acharam a mínima piada a amamentar, estás no teu direito e eu não me vou queixar. Até estou habituada a fazer parte das minorias e neste caso já percebi que é apenas mais uma situação dessas! Mas do pouco que te tenho lido (e infelizmente não tenho tempo para ser mais assídua e por isso não estou por dentro de tudo o que pensas) pareces-me uma pessoa à maneira e não queria que ficassem mal-entendidos. Por isso, mais uma vez, desculpa se te ofendi. Não era mesmo essa a intenção. Vou tentar moderar a linguagem (se bem que acho que se a moderar e se me auto-censurar, deixa de fazer sentido ter um blog para dizer o que penso porque para mim isto funciona como terapia, mas pronto, vou tentar!).

Beijinhos
Susana

25.7.05

Amamentar ou não, eis a questão

Quanto mais navego por esses blogs fora mais me convenço que devo ser um bicho muito raro. Até hoje não encontrei ninguém que não fique triste por ter de deixar de amamentar. Triste, desiludida, chorona... etc., etc., etc. Seja porque ficam sem leite ou porque têm de fazer algum tratamento médico ou porque vão começar a trabalhar, o sentimento mais comum é a tristeza. Estou já à espera de ser crucificada (como acontece muitas vezes quando resolvo partilhar alguma opinião mais íntima) mas a verdade é que eu odiei dar de mamar e se o fiz durante 15 dias foi porque tinha na cabeça toda uma série de ideias enfiadas à martelada por família e médicos e afins. Odiei, odiei, odiei o acto em sim. Era desconfortável, por vezes doía (e usei sempre aqueles protectores de silicone até porque não conseguia fazê-lo de outra forma), e achei sempre aquilo nojento e deprimente, sentia-me como uma vaca autêntica.

E tenho a certeza que se tivesse continuado e tivesse insistido teria arranjado uma depressão de todo o tamanho. Felizmente resolvi o problema da forma que achei melhor, aluguei uma bomba eléctrica (maior invenção do ser humano a seguir à roda) e apesar de continuar a achar uma seca o tempo que perdia a tirar leite, só vi vantagens no assunto. E foi a melhor coisa que podia ter feito. A partir desse dia tornei-me muito mais feliz. Primeiro porque a Filipa continuou a ganhar os anticorpos que só o leite materno possui, segundo dizem os entendidos, ao mesmo tempo que eu continuei a emagrecer; depois porque pude sair de casa sempre que me apetecesse tendo o leite para ela no frigorífico para alguém dar; depois porque não precisava de me levantar de noite todas as vezes que ela tinha fome porque o pai também o podia fazer; e melhor ainda porque se ia almoçar fora e ela tinha fome - e fi-lo desde que ela tinha um mês - o biberão saía imediatamente do saquinho térmico porque eu jamais em tempo algum daria de mamar em pleno restaurante ou centro comercial ou seja lá onde for como vejo tanta gente a fazer. Desculpem lá mas isso é que já não me parece muito saudável. Se os bebés precisam do leite da mãe também precisam de mamar em ambiente descontraído e calmo, não no meio da confusão com não sei quantas pessoas a espreitar. Por essas e por outras é que conheço muitas que só conseguiram sair de casa quando os bebés já se aguentavam umas horinhas e tinham horários mais certos porque até aí eram prisioneiras das suas próprias casas porque a qualquer momento o bebé podia chorar com fome e havia um milhão de sítios onde não dava jeito nenhum dar de mamar. Sinceramente estes filmes não são para mim. E mais vantagem ainda, com a bomba tinha a certeza que saía tudo e que ela bebia tudo, principalmente a parte do fim que, segundo me disse a pediatra no hospital, é a parte mais importante do leite e aquela que realmente alimenta. Graças a isso ela sempre dormiu pelo menos sonos de 3 horas.

Enfim, já não consigo conceber a coisa de outra forma. E se tiver outro filho, mal chegue a casa do hospital, a primeira coisa que vou fazer é mandar vir novamente a bomba eléctrica. E não me venham falar dos laços entre mãe e bebé porque a minha filha não gosta menos de mim por eu lhe ter dado leite no biberão em vez de na mama. Pelo contrário, se calhar até gosta mais porque sempre me teve muito mais calma, menos nervosa e mais disponível do que se desse de mamar (a ver por muitos exemplos de muito boa gente que stressa para dar de mamar e fica com o peito em ferida e sofre horrores e mesmo assim insiste, porque é suposto as mulheres sofrerem e porque as avós dizem que é mesmo assim). Porque teve sempre menos trabalho porque no biberão escorre melhor e ela ficava mais satisfeita e não adormecia a comer (bom para ela e para mim), porque isso permitiu que não se viciasse e agora durma noites de 10 horas sem acordar a meio para chuchar na mama como vejo por aí muitos a fazer. Se isto não é qualidade de vida para ambas não sei o que será.

Até mais ou menos aos 3 meses a Filipa bebeu exclusivamente o meu leite e a partir daí houve uma vez ou outra que lhe dei leite em pó. Uma refeição por dia ou metade de uma e havia dias que nem isso que aqui a vaca não produz sempre a mesma quantidade. Quando comecei a trabalhar, já ela comia papa e sopa e consequentemente eu tinha cada vez menos leite mas continuava a ter o que era uma grande chatice. Eu bem que torcia com todas as minhas forças para que aquela porcaria parasse, cada vez tirava menos até porque ela já comia duas refeições que não leite e estive quase, quase a tomar os benditos comprimidos para secar o leite mas como me disseram que aquilo dava tonturas e enjoos e desses já tinha tido a minha dose na gravidez, achei melhor aguentar mais um bocado. Mas durante 3 semanas irritava-me solenemente ter de acordar todos os dias meia hora mais cedo por causa da porcaria do leite. Até que deixei de acordar, fui esticando a corda, esticando até poder deixar de tirar. E quando já não saía quase nada e ela já tinha 6 meses achei que o meu trabalho estava mais que feito, a OMS não diz que devia ser até aos 6 meses? Pois, foi isso que fiz. Claro que a OMS deve ser constituída por um bando de homens velhos que não faz puto de ideia do que significa amamentar mas lá meteram na cabeça que era até aos 6 meses e eu não os quis deixar ficar mal. Conheço muito boa gente que nunca mamou e hoje são crianças e até adultos perfeitamente normais e saudáveis. Os pais gostam menos deles por causa disso? Não me parece. Eles gostam menos dos pais? Também não me parece.

Felizmente tenho uma obstetra que vê mais à frente e que me disse simplesmente "se não dói e não está encaroçado, deixe de tirar, ele há-de secar por si.” E foi o que fiz. Nesse mesmo dia arrumei a bomba e nunca mais lhe peguei. Não, não secou. Mas já não pinga, já não me incomoda, está lá mas é quase como se já não existisse! E eu sinto-me outra! Como disse uma amiga minha recentemente... "só me voltei a sentir uma mulher outra vez quando deixei de ter leite". Ah pois é, afinal não sou a única bicho raro. E isso faz de nós piores mães? Acham que os nossos filhos deixam de gostar tanto de nós? Porventura são menos felizes? A julgar pelo sorriso permanente na cara da minha eu diria que não, que ela deve ser dos bebés mais felizes que eu já alguma vez vi. Agora venham cá dizer-me, os “laços”, ai os laços... tretas de livros, é o que é. Que haja quem se sinta bem óptimo, é lá com elas, mas não me tentem convencer que são melhores mães ou que são mais ligadas aos filhos.

Na verdade, já não via a hora de me livrar daqueles soutiens horrorosos de amamentação com cara de serem das nossas trisavós e aquelas almofadas protectoras da roupa que volta e meia ficavam encharcadas e que no Verão não dão mesmo jeito nenhum porque se notam debaixo da roupa e então com coisas brancas ou mais justas nem pensar. E o leite que escorria cada vez que tomava banho e ter de dormir de soutien para não ficar toda encharcada. E o cheiro do leite e a transpiração misturada e tudo e tudo... eu que detesto leite e só bebo obrigada e bem disfarçado... enfim, pormenores que toda a gente conhece. Blharc, altamente nojento.

Um aparte... sempre achei horrível ver crianças que já andam, a mamar, com a boca cheia de dentes simplesmente porque têm o vício. Com 2, 3 anos, no meio da rua a trepar pelas blusas da mãe acima. Só a imagem me dá arrepios. Posso estar enganada mas parecem-me sempre extremamente mimados e dependentes da mãe. Não quer dizer que sejam e sei que não há regras, mas pronto, não gosto de ver. Assim como não gosto de os ver de chucha com um metro de altura como já tenho visto!

Finalmente, espero que não me levem a mal todas aquelas que adoram dar de mamar, que morriam se não o tivessem podido fazer, que morrem de desgosto quando têm de deixar. Simplesmente tinha de escrever o meu testemunho. Para mim mesma e para todas as que se calhar até pensam assim mas porque como as mulheres são praticamente forçadas a dar de mamar e a gostar de o fazer, se sentem algo constrangidas em admitir que não gostam ou não gostaram. Sim, porque apesar de praticamente só ler o oposto acredito que existam mais mulheres como eu. Não sou certamente um bicho assim tão raro.

E lá por eu não ter gostado não quer dizer que não haja quem goste, obviamente. Custa-me um bocadinho a compreender como é que se pode gostar tanto de algo que para mim não é mais do que um acto de vaca leiteira em versão humana: puto-berra-mãe-imediatamente-com-mama-de- fora, mas aceito perfeitamente. O que não aceito é que haja mães que preferem que os filhos passem fome a darem-lhes suplemento ou a tentarem outras formas de os alimentar porque meteram na cabeça que assim é que tem de ser e que se as outras conseguem elas também hão-de conseguir e porque nos livros está escrito que é o melhor, logo elas também têm de fazer. Isso, desculpem lá, mas não aceito mesmo. E desculpem qualquer coisinha.

21.7.05

Mais um

Mais uma vela que se apaga
Mais uma vida que se extingue
Mais um bisavô que não chega a conhecer a bisneta

20.7.05

Pais babados

É o que nós somos quando chegamos ao colégio e as "professoras" se derretem e nos dizem que a nossa filha é um espectáculo, que está sempre bem disposta, que é uma simpatia, que conversa muito com os colegas, que se mete com toda a gente, mesmo com os mais velhos. E não lhe poupam elogios à evolução. Que se mexe muito para a idade que tem, mais até do que outros mais velhos (as comparações são inevitáveis), que come sempre a comida toda (até em casa já come melhor, deve ser da enegia que gasta todo o dia a mexer), que já se senta muito bem, que não pára um minuto, que está quase a conseguir gatinhar, que até já se sentou sozinha (nem ela deve saber muito bem como o fez) que puxa as pernas aos amiguinhos que já andam, quando passam por ela. E quando vão de férias dizem-nos que estão desejosas de ver como é que ela estará quando voltarem. E tudo isto com menos de 7 meses. Porque é que não haviamos de ser babados?


19.7.05

ODEIO PESSOAS QUE FUMAM EM ELEVADORES

Novela mexicana parte II

Não sei se é da secretária se da localização. Não é do telefone nem do computador porque esses são novinhos. Mas que este sítio atrai os folhetins mexicanos, isso atrai. Eu se calhar também era assim aos 26 anos, devia ser certamente. Mas não falava tanto e muito menos no trabalho pois não???

18.7.05

Em defesa da margem sul

Olá Matilde que eu não conheço mas achei que me devia explicar melhor. Eu não me estou a queixar da margem sul, muito pelo contrário. Nem ninguém me convenceu a ir morar para lá, fui porque quis. Morei a vida inteira na margem norte e agora que lá estou há 3 anos não trocava aquilo por nada e mesmo quando foi para mudar de casa dei sempre prioridade a manter-me daquele lado (até independentemente dos preços exorbitantes pedidos aqui por casas que não valem metade da minha). Nem sequer a ponte me assusta, desde que se saiba os truques certos e os atalhos mais curtos. A foto foi tirada em movimento, os carros estavam a andar e até muito bem nesse dia, eu é que fotografo enquanto conduzo, maravilhas modernas das máquinas digitais! E depois quem é que pára em cima da ponte? Só se houver algum acidente, que também já apanhei, mas é muito raro e pode acontecer em qualquer sítio.

Hoje em dia demoro meia-hora para chegar ao trabalho. E aposto que demorava mais tempo a chegar e a voltar se morasse no centro de Lisboa. Já para não falar na qualidade de vida, de ambiente, de ar puro, de estar a 5m de um dos maiores centros comerciais do país (que dá mesmo muito jeito). Já para não falar também de que adoro conduzir e detesto transportes públicos. Sim, a gasolina está cada vez mais cara. Mas é o preço a pagar por um mínimo de conforto que os transportes não têm, vir a ouvir o "meu" Pedro Ribeiro e pelo facto de ir de porta-a-porta num instante. De transportes teria de apanhar pelo menos uns 3 e era capaz de demorar bem mais de uma hora. Não obrigada. E mesmo não gostando de praia por aí além (ok, também não odeio assim tanto mas naquele dia estava danada) é reconfortante saber que ela está ali ao lado e que não demoro duas horas para lá chegar se me apetecer lá ir (e outras duas ou mais para voltar que era o que me acontecia quando morava cá deste lado)!

Não tenho problemas de estacionamento e trabalho relativamente perto da saída da ponte. Não apanho semáforos nem nada. Por isso, mesmo que ganhe o euro milhões, não vou morar para o centro de Lisboa, nunca, jamais, em tempo algum (só se andasse de helicóptero e mesmo assim, não me parece!). Nasci em Lisboa, adoro a minha cidade mas esta confusão já me diz pouco. Por todo o lado há obras e obras e obras e semáforos e semáforos e semáforos e trânsito e trânsito e trânsito e poluição e poluição e poluição. Já chega, prefiro que a minha filha cresça num sítio menos... povoado, digamos assim. Com a escola perto de casa, com um mínimo de espaço verde à volta, com lugar para estacionar quando vamos ao pediatra!

Portanto a escolha foi consciente. Gostos não se discutem mas é só para saberes que ali não se está nada mal! E quando eu fotografo a ponte, é mesmo porque adoro a imponência daquela ponte, não para me queixar de ter de passar lá todos os dias. Fica bem!

Caixa mágica

Já me tinham dito, mas eu achava estranho, que os bebés desde cedo demonstram preferências por algumas coisas que vêem na televisão. Ontem tive a prova quando, testemunhado pelo pai, a Filipa ficou de olhos grudados na televisão enquanto passava o anúncio da empresa da mãe que envolve crianças. E mais tarde testemunhei também que não tirava os olhos da dita enquanto estava a dar um programa da mesma empresa. Ora, ou a minha empresa (salvo seja) só faz coisas muito boas que até os bebés gostam (e neste caso parabéns a este departamento e principalmente à Jô) ou ela sabe que aquilo tem a ver com o trabalho da mãe e por isso demonstra atenção, ou então, não sei! Cheira-me que vou ensiná-la rapidamente a encaixar umas certas coisas numas certas cores!

Tiram-me do sério!

As pessoas que passam a vida a dizer mal de Portugal e dos portugueses e de tudo o que aqui acontece. E que não sei onde é que é bom porque não sei onde se faz assim e assado. Irritam-me, irritam-me, irritam-me!!!!!!!

Se é assim tão bom noutro sítio, estão à espera de quê para se irem embora???? Com um bocado de sorte pode ser que até estejam no metro à hora que rebente alguma bomba e resolve-se o problema, deixam logo de dizer mal do país onde nasceram! É que não se percebe porque é que insistem em viver num sítio onde é tudo mau e tudo mal feito. Serão masoquistas? Ou são simplesmente estúpidos? Nunca ouviram dizer que quem está mal muda-se?

Claro que nada é perfeito, claro que muita coisa está mal, (farto-me de rir quando penso em todos aqueles que andaram por aqui a debitar prosas acerca do novo governo salvador da pátria, pois é, eu tinha ou não razão, são ou não todos iguais? Vale a pena andarem a defender este ou aquele? I don't think so), claro que até podiamos seguir alguns exemplos mais iluminados lá de fora. Mas será mesmo necessário estar constantemente a fazer comparações e a dizer que Portugal é o fim do mundo? Ladram, ladram mas também não os vejo a fazer nada. E o melhor que podiam fazer era pirar-se daqui.

É que é já a seguir

De caminho para o trabalho (sim, pela ponte, mas a esse assunto voltamos mais tarde) calhou ouvir mais uma vez o anúncio do Montepio em que o cromo supra sumo da bimbalhice diz que vai transformar a marquise em museu do glorioso e ocorreu-me que aquele casalinho de bimbos representa mesmo muito bem uma graaaaaaande fatia de adeptos daquele que se diz normalmente que é o glorioso... (já sei que vão chover insultos mas eu escrevi graaaaaaaande fatia, não escrevi todos!).

11.7.05

Tou numa de ponte

10.7.05

Odeio praia

Essa é que é essa. Odeio mais ainda quando me obrigam a acordar ao som de um despertador ao fim-de-semana quando estou morta de sono, preciso desesperadamente de descansar e ainda por cima tenho o nariz entupido e a cabeça pesada por causa de uma estúpida de uma constipação de Verão. Odeio mais ainda morar a 5 minutos da praia e demorar 40 para lá chegar porque toda a gente resolve fazer o mesmo e os acessos da Caparica são a desgraça que toda a gente conhece. Odeio areia entranhada, odeio torrar ao sol, odeio aquele calor pegajoso, odeio perder tempo com uma coisa que nem útil é, odeio o ar frio que vem do mar de manhã. E porque raio é que tenho de ir à praia de manhã? Odeio que me digam que quando ia com os meus amigos gostava. Eu não ia à praia com os meus amigos de manhã, boa? Eu não acordava ao som do despertador num sábado de manhã para ir à praia, boa? Eu não tinha uma filha que sempre dá mais trabalho do que andar a estudar na faculdade e não ter de mexer uma palha em casa e poder dormir até ao meio dia todos os dias porque só tinha aulas à tarde, boa? Além disso eu não ia à praia com os amigos porque gostava de praia. Ia porque gostava dos amigos! Ir à praia de manhã , ter de acordar cedo, apanhar trânsito e depois estar lá menos de uma hora porque é quase meio-dia e as crianças não podem apanhar esse sol, tira-me do sério. É que nem vale a pena o esforço, a tralha toda que se leva, montar chapéus e tudo mais para quê? Porque é me não me deixaram dormir? Porque é que temos de ir à praia de manhã? Porque é que não podemos ir à tarde, quando a Filipa já pode ficar mais tempo, há menos trânsito para lá chegar e eu estou definitivamente menos rabujenta? Praia já é o sacrifício que é, então com estas condições todas, não há boa disposição que aguente. Definitivamente os meus traumas com praia voltaram todos para me aterrorizar... piscinas, dêem-me piscinas...

7.7.05

Hora de ponta na ponte

4.7.05

Que saudades do México!

Praia também se arranja. Mas é um bocadinho longe. Assim mais para o outro lado do oceano. Serve? Aquela era a vista da minha janela de casa, esta foi a vista da minha lua-de-mel :-)

Babyless

Acabei de me aperceber que desde que vim trabalhar para esta empresa há 3 anos e tal, é a primeira vez que não há grávidas aqui! Normalmente há sempre pelo menos duas em simultâneo. Quando a minha filha nasceu éramos 5. A Filipa foi a primeira dessa leva, depois disso foi mais um rapazinho e mais uma menina e mais uma menina e mais uma menina a semana passada e agora acabou. Pelo menos que se saiba, oficial e visivelmente, estamos babyless!

3.7.05

Que bela que é a vida no campo