Que alívio

Nem quero falar muito. Pode sempre haver recaídas e ontem parece que ia havendo uma. Mas se calhar foi só coincidência. 6º dente à vista. Ela anda mais bem disposta que nunca, apesar de não querer comer nada em casa. Ontem não jantou, hoje não quis comer nada de manhã. Deve ter umas baterias invisíveis porque tem tanta energia que não vem certamente do que come. Mas está sempre bem disposta, ri-se muito, brinca muito, palra muito, mexe muito. Mexe muito muito muito muito.

Nada a ver com a desgraça da semana passada, com o querer comer e não poder porque ia tudo fora. Mal comparado, senti-me como as mães que não têm comida para dar aos filhos. Eu tinha mas ela não podia comer. Ela queria mas eu não lhe podia dar. É uma sensação horrível ver um filho cheio de fome e por um motivo ou outro não lhe dar de comer. Andou a água uns dias, emagreceu, ficou murcha e chorosa. Não era ela. Como último recurso, levou um cocktail de medicamentos, para os vómitos, para a diarreia e para as cólicas. Foi a 1ª vez que lhe dei alguma coisa para as cólicas porque ela nunca as teve em recém-nascida, e se estas tiverem sido minimamente parecidas com as que eu tive uns dias depois, desgraçada, percebo bem porque é que ela se queixava. Acordou duas horas depois e parecia outra pessoa. Pela 1ª vez em 3 dias quis ir para o chão. Foi buscar os ténis para se calçar e poder ir brincar. Riu-se, brincou. A minha menina tinha voltado. Que alívio.

Sem título senão só podia ser m....

Já lavei mais roupa nos últimos 3 dias do que a que costumo lavar nas semanas mais concorridas (ok, lavou a máquina, mas ela não vai lá para dentro sozinha nem se estende sozinha nem se apanha sozinha). Entre diarreias e vomitados já perdi a conta aos bodies e babygrows e demais peças de roupa. O que começou por ser uma gastroenterite simples diagnosticada pelo pediatra na 2ª feira, transformou-se numa gastroenterite não tão simples assim quando ontem à tarde a terrorista começou a vomitar tudo o que engolia (que já de si não costuma ser muito e agora é menos ainda). Às 3 da manhã choro aflito (acho que ela se assusta quando vomita porque não sabe muito bem porque é que a comida está a sair em vez de entrar) e cama suja, lençóis sujos, edredon sujo... bendita hora em que comprei um daqueles resguardos plásticos para o colchão. E a dobrar porque no domingo um já tinha ido directamente para dentro da máquina, ainda mais sujo que este. Às 3 da manhã mudança de lençóis e mais uma máquina a começar.

E o cheiro... ai, o cheiro. Eu sou muito sensível a cheiros mesmo. E cheiros assim dão-me vómitos também. Não sei qual deles me enoja menos mas acho que o de esgoto da diarreia da gastroenterite consegue ser menos mau que o nauseabundo do vomitado de coisa nenhuma porque ela já não tem coisa nenhuma no estômago (pronto, esta é a parte em que já deviam ter parado de ler). Vai ser bonito vai, na hipótese de vir a estar grávida novamente (só futurologia outra vez, Carla, ok? :-)), se a miúda me resolve vomitar eu vomito a seguir com ela e não há nariz tapado nem deixar de respirar uns segundos que me acuda. Se passei dois meses sem conseguir entrar na cozinha e sem cozinhar e só o cheiro da máquina da loiça me revirava as tripas, porque é que da próxima (hipotética hã!) será diferente?

A última vez que vomitou, água porque não tinha comido nada, foi quase para cima do enfermeiro da triagem no hospital, hoje de manhã. Desde essa altura só bebe água com um pózito para não desidratar. Consta que os miúdos odeiam aquilo, ela baba-se cada vez que vê a seringa. E tem de ser de seringa para ir pouco de cada vez para evitar que venha fora a seguir. Mas ela suga aquilo de tal maneira que nem é preciso carregar no êmbolo, só a força da boca dela faz isso! Se lhe desse o biberon para a mão aposto que marchava tudo. Aquilo sabe assim meio a água do mar meio a sei lá bem o quê. Mas ela adorou e estica-se toda e pede "Dá, dá". Ao fim de umas seringadas já quis ir brincar para o chão na sala de espera do hospital, de collants e de saquinho colado para recolha de urina para análise para despistagem de infecção urinária), andou no cavalinho e ... mais uma vez, subiu o escorrega e escorregou (estou tramada com este terror estou!). Feliz da vida, claro.

Agora adormeceu. Espero que não se lembre de voltar a vomitar a cama porque o edredon ainda não secou e não tenho assim uma quantidade tão infindável de cobertores do tamanho dela. Nem sei para que é que estou para aqui a escrever isto tudo, talvez para não me esquecer do filme mais tarde. Normalmente estes pormenores ficam para nós e não tenho pachorra para os escrever nem acho que alguém tenha interesse em saber. Mas também não é todos os dias que se estreia nas idas à urgência. HGO mais uma vez cinco estrelas, nenhum tempo de espera (só o do xixi que teimava em não sair mesmo que eu lhe fizesse shhhhhhhhhhhh ao ouvido). Se todos fossem assim nem me importava de ficar doente (sim eu sei que é só a pediatria e a obstétrica... obstetrícia... nunca sei - mas como são as únicas urgências que conheço... cinco estrelas atribuídas novamente).

Já ganhei o dia

Obrigada namorado!

Amo-te!
(e dizia-o à mesma se não me tivesses oferecido os bilhetes hoje)

10 mil euros por duas portas???

Gosto mais deste


mas este é capaz de dar mais jeito para pôr e tirar as crianças.

Futilidades

Sou uma pessoa muito mais feliz desde que pago para me limparem a casa e passarem a ferro. Mais pobre. Mas mais feliz. Compensa, sem dúvida.

Com o fantástico aumento que devo ter este ano (quanto é que é a inflação e será que vão fazer acertos em função disso?) acho que vou pagar para me arrumarem a cozinha depois de jantar. Porque eu adoro cozinhar e jamais pagaria para alguém o fazer. Mas odeio arrumar a cozinha no fim.

Frustrante

é perder a primeira reunião de pais da vida escolar da cachopa porque ela está de molho.E ficar 3 dias inteiros com ela em casa? É dose! Já sei que sou uma mãe desnaturada mas não nasci mesmo para dona de casa. Bem, deixa-me ir ler a avaliação da rapariga...

Agora

que já desbobinei vou voltar ao trabalho.

Adoro

demorar 30 minutos a chegar ao trabalho mesmo à hora de ponta, mesmo morando onde moro. Ou está tudo sem dinheiro para a gasolina ou tenho tido muita sorte.

Também é giro

Cruzarmo-nos com uma amiga que não víamos há meses num semáforo vermelho com os carros lado a lado.

É giro

quando as pessoas com que já simpatizávamos sem conhecer, se revelam efectivamente simpáticas quando as conhecemos.

Deixem-me sonhar, ok?

Este



este



ou este?

"Vida de casado"

A verdade é que ele se esquece constantemente de tudo o que eu lhe peço para fazer. Desde andar com cheques na carteira durante 3 semanas sem os depositar até esquecer-se de comprar, telefonar a, trazer, pedir a, fazer seja o que for. E nem vale a pena telefonar ou enviar e-mails durante o dia a relembrar o assunto porque o resultado vai ser o mesmo. Depois adoptei a táctica de deixar papelinhos no suporte do telemóvel mesmo junto ao dito.

Não havia como não ver! Achava eu.

Mas ele era capaz de levar o telemóvel e o papelinho ficar intacto no mesmo sítio como se não estivesse lá. Agora estou a experimentar outro método. Prendo os papelinhos na argola das chaves do carro.

Não há como não ver! ... acho eu.
Fico a saber logo à noite.

Ditados

Quem quer faz
Quem não quer manda

E é bem verdade.

Eu só não faço porque me mandaram mandar fazer. E depois é asneira atrás de asneira. Até fico verde. E tenho de corrigir. Perco mais tempo do que se fizesse em vez de mandar fazer. Arghhhhhhhhhhh

Tenho tanta coisa para dizer, apetece-me tanto escrever e não tenho tempo nenhum para o fazer. Arghhhhhhhhhhh