31.3.04

Não é por nada, é só mesmo porque gosto da música

i'm not a perfect person. there are many things i wish i didnt do
but i continue learning. i never meant to do those things to you.
and so i have to say before i go, that i just want you to know

i've found a reason for me, to change who i used to be
a reason to start over new, and the reason is you

i'm sorry that i hurt, its something i must live with everyday
and all the pain i put you through, i wish that i could take it all away
and be the one who catches all your tears, thats why i need you to hear

i'm not a perfect person, i never meant to do those things to you
and so i have to say before i go that i just want you to know

i've found a reason for me, to change who i used to be
a reason to start over new, and the reason is you
i've found a reason to show a side of me you didnt know
a reason for all that i do, and the reason is you

The Reason - Hoobastank

30.3.04

Hoje é o primeiro dia do resto...

... do ano em que cheguei a casa ainda de dia! E este era o cenário.



Que eu andava sempre com a máquina fotográfica atrás já vocês sabiam. O que não esperavam era que começasse a partilhar as minhas (ou do meu esponso) fotografias com o mundo. Também não sei se o vou fazer sempre. Agora que a febre inicial já passou (apesar de ainda não terem decorrido 24 horas desde a minha primeira fotografia bloguística), continuo a achar que este espaço é sobretudo para escrever. E por muito que uma imagem valha mais que 1000 palavras e que eu queira partilhar algumas imagens com toda a gente, vou continuar a querer partilhar principalmente palavras. Porque foi isso que esteve na génese de criação deste espaço. E é isso que vai continuar a ser este livro aberto de infinitas páginas em branco, enquanto me apetecer.

Agora que passo os olhos por alguns dos posts que escrevi ao longo destes 3 meses, dá-me vontade de os ir ilustrar com fotos que na altura me pareceram apropriadas e não sabia como pô-las aqui (capas dos jornais desportivos quando o Porto ganhou alguns jogos, por exemplo!). Mas isso seria adulterar a coisa e não gosto muito disso. Por isso só vou ilustrar daqui para a frente e enquanto os megas disponíveis no meu pseudo free website assim o permitirem.

Chichen Itza

Riviera Maya - México - Lua de Mel - Set. / Out. 2003

Eh eh. Era só para ver se ainda funcionava ou se tinha sido eu a sonhar ontem.

Estou tão contente, tão contente, tão contente!!!!!!!

A primeira que pus estava gigante, esta está minúscula. Mas não interessa. Consegui, o que interessa é que consegui!!! Tenho finalmente um blog com imagens. Opá, estou tão contente!!!!! O meu Johnny iluminado deu-me o help que faltava quando já estava quase a desistir. E o resultado está aqui. Pronto, já posso ir dormir. Aposto que vou sonhar com isto! Que fixe!!

Será que...?

29.3.04

Does your weblog own you?

25 %

My weblog owns 25 % of me.
Does your weblog own you?

28.3.04

A corrida da ponte

Não fui. Começo já por aí. Depois do temporal de sábado não estavam sinceramente à espera que eu fosse correr à chuva e ao frio correndo o risco de apanhar uma penumonia. Mas tive pena. Principalmente depois de ver as imagens na tv. E quando lá passei à tarde, de carro, o rio estava lindo e tinha certamente resultado numas fotografias fantásticas. É principalmente pela falta das fotografias que podia ter tirado que tenho pena de não ter ido. Mas para falar a verdade não sei se aguentava o andamento. Ia certamente ser um daqueles casos em que ainda iria estar em cima do tabuleiro já os profissionais tinham cortado a meta 1 hora depois da partida.

Fomos buscar os dorsais no sábado, debaixo de chuva intensa e com 8º graus de temperatura em Lisboa. Éramos o 30 mil e qualquer coisa e o 30 mil e outra coisa qualquer. E as t-shirts, os bonés, as fitas para a cabeça, os porta-chaves da moda. Tudo Via Card, nosso patrocinador e a entidade que pagou a nossa inscrição. Sim, porque se a tivesse pago, acho que tinha ido mesmo a chover. Assim, custou menos.

Para compensar vou pôr mais uma foto no meu banco de imagens. Não é do rio, é do mar. Não foi na Maratona de Lisboa mas foi tirada no mesmo dia. Foi o mais próximo que se conseguiu arranjar.

Pode ser que para o ano...

26.3.04

O casamento

Fazemos amanhã 6 meses de casados. Oficialmente e de papel passado são só 6 meses mas a sério, a sério, já são mais uns quantos. Não gosto muito dessas comparações tipo "estes são os melhores anos da minha vida" por isso não a vou fazer. Cada altura tem os seus momentos melhores e piores e seria injusto para toda a gente compará-los. Digam o que disserem, toda a gente já passou por isso e, em várias ocasiões, com certeza achou que aquela era a única paixão da sua vida. E depois não foi. Não é falta de romantismo, é realismo, é ter os pés na terra e pensar com a cabeça e não com o coração. Mas casar (até prova em contrário) acho que é para sempre e só pretendo fazé-lo uma vez. Sei que se só casei agora foi porque achei que era mesmo com ele que queria casar. Apesar dele às vezes duvidar disso. Pode ser que agora deixe de o fazer.

Pois é, há poucos dias queixava-se a minha cara-metade que nunca falo dele no meu blog. E eu a pensar que ele preferia assim, vir cá espreitar de vez em quando mas ser poupado de olhares indiscretos e que as poucas referências que lhe faço de vez em quando (o meu respectivo, o meu amor, a minha cara metade) eram o suficiente. Mas pelos vistos ele quer mais. Depois deste é capaz de mudar de ideias e arrepender-se de me ter dito que tinha pena que eu nunca falasse dele. E vai pedir-me para não o voltar a fazer. E vai desejar que eu volte a falar do Porto e dessas coisas todas corriqueiras e pouco profundas de que costumo falar e que dão origem a comentários de pessoas que não conheço e das quais ele têm ciúmes. Vá lá saber-se porquê.

Daqui a pouco mais de uma semana ele faz anos. 29 para ser mais exacta porque se há um padrão na minha vida é que os homens mais novos são sempre mais apetecíveis. É Carneiro. Teimoso como uma mula como são habitualmente os carneiros, teimoso e cabeça dura. Consegue ser quase simultaneamente a pessoa mais meiga e mais bruta. Não o posso censurar, apesar de habitualmente o fazer, porque acho sinceramente que a culpa não é - toda - dele. Detenho nas minhas mãos (e no resto!) a possibilidade de lhe dar o presente que ele mais ambiciona: ser pai. E no entanto as outras prendas são bem mais fáceis de oferecer. E mais baratas, e menos trabalhosas de conseguir. Tenho a certeza que ele seria(á) um excelente pai e que tem tudo dentro dele para conseguir ser o melhor pai do mundo quanto mais não seja o desejo de fazer diferente do que lhe fizeram a ele. E tenho a certeza que vai ser capaz e que vai ser a maior alegria da vida dele. Suponho que da minha também.

E, no entanto... onde é que fica a liberdade e a independência e as idas repentinas ao cinema ao fim do dia e o "agora vamos jantar fora em vez de irmos para casa porque não me apetece fazer o jantar" e as nossas agora regulares idas à piscina onde eu faço 500m e ele faz quase 3 vezes mais e as férias num sítio qualquer decididas à pressão e hoje vamos jantar com os amigos e chegar às horas que nos apetecer e acordar ao meio-dia aos fins-de-semana depois de ver tv até tarde e não ter horários para nada a não ser para ir trabalhar e dormir e dormir e dormir e tudo e tudo e tudo? Onde é que isso fica? E a responsabilidade que tudo isso acarreta? E as despesas? E as mudanças logísticas que implica? E a nossa casa que não tem espaço físico?

É por isso tudo que não estou... mas ao mesmo tempo estou... e não estou... e estou... totalmente convencida. Aconteça o que acontecer, amo-te ainda mais do que há 6 meses. Parabéns.

25.3.04

A Selva

Pensei, pensei, pensei e concluí que hoje abandonei o local do acidente. Não, não atropelei ninguém nem nada parecido. Apenas fui literal e lateralmente abalroada por um anormal que para não me deixar mudar de faixa à frente dele, me raspou o espelho, virando-o ao contrário, partiu-me o pisca lateral e ainde deixou uns riscos jeitosos na porta. Se houver alguma justiça no mundo, o dele há-de ter ficado pior. Qualquer outra pessoa teria saído do carro (depois de o desencostar porque naquele momento eu não conseguia abrir a porta!) e iniciado uma discussão infrutífera

... abre parêntesis... porra que a gaja da Capital é mesmo burra.
Ele: O Elton John faz anos hoje e é a 2ª maior fortuna britânica. Sabes qual é a primeira?
Ela: O George Harrisson
Ele: Não, é o Paul McCartney
Ela: Ah, pois, eu sabia que era um desses

dahhhhhhhhhhhhhh. O homem no caixão deve ter adorado saber que tem a maior fortuna de Inglaterra! Deve ser mesmo loura!
...fecha parêntesis...

dizia eu que essa discussão infrutífera com um tipo com cara de most likely to win o prémio de maior grunho à face do planeta, só serviria para irritar ainda mais os condutores que, sem culpa nenhuma, se veriam ainda mais parados e chegariam ainda mais atrasados aos respectivos empregos. E depois, eu fujo destes conflitos como o diabo da cruz e não ia adiantar nada, apenas servir para me enervar ainda mais.

Para evitar tudo isto (condutores agradeçam-me!), com o espelho ao contrário e o carro riscado por um velho idiota e teimoso, desviei-me e mudei de faixa vários carros à frente dele. Estás a ver, oh meu grande estúpido, que ficaste com o carro riscado para nada?

Horas mais tarde, a minha mãe foi multada por excesso de velocidade. Passa para cá 120€ porque o Verão está aí à porta e está na altura de começar a caça para engrossar o subsídio de férias. É disto que os nossos polícias gostam, fazer esperas aos condutores que no dia-a-dia até são cumpridores, não colocam a vida de ninguém em perigo e nunca passaram um traço contínuo e apanhá-los em excesso de velocidade face aos limites de velocidade idiotas que estão estabelecidos neste país. Multar os verdadeiros perigosos da estrada, os assassinos à solta a 220 nas auto-estradas ou a fazer ultrapassagens perigossíssimas na 2ª Circular isso já dá muito trabalho, é muito mais fácil dedicarem-se aos estacionamentos em cima de passeios onde os peões não andam ou ficarem escondidos atrás de uma curva ou de uma árvore, com a armadilha montada à espera que o primeiro palhaço a andar a 60km onde o limite é 40km numa estrada com duas faixas, sem passadeiras, sem trânsito e sem perigo, seja apanhado.

Com isto tudo, nesta selva que é o trânsito lisboeta, eu fiquei com a única porta que ainda não estava riscada... riscada também, a minha mãe ficou 120€ mais pobre, uns anormais quaisquer fardados ficaram a pensar o que é que vão fazer com mais uns pozinhos no fim do mês e um filho da mãe não se ficou a rir porque também ficou com a porta do seu carro novo arruinada. É nestas alturas que me apetece andar de transportes.

Vamos lá pôr os pontos nos iiiiiiiii

Eu gosto muito de receber as opiniões e comentários de toda a gente. Em democracia é assim que funciona. Nem toda a gente tem de concordar com o que escrevo nem eu tenho de concordar com tudo o que se escreve aqui. Até agora, por muita vontade que às vezes tenha de responder aos comentários dos comentários não o tenho feito porque cada um é livre de expressar a sua opinião. E assim quero que continue a ser.

No entanto, quando as coisas começam a descambar e partem para a ofensa gratuita agradeço que se abstenham de deixar aqui comentários. Aprecio muito que escrevam sem assassinar o Português mas assim como eu me tenho contido a fazer correcções à escrita de algumas das coisas que aqui aparecem (e só quem me conhece bem sabe como isso me custa!), também agradeço que não usem o meu blog que, volto a frisar, não é um blog de futebol, para fazer guerrinhas de clubes e ainda para mais, sem coragem de dar o nome. Assim é bem mais fácil, claro. A dor de corno é realmente muito complicada não é? Deixem isso para os comentários do Record ou coisa que o valha porque é aí que eu também faço os meus quando me apetece.

Portanto, resumindo e baralhando, toda a gente é bem vinda desde que se saiba comportar e se não se souber comportar, eu até sei como lhe cortar o pio, por isso, sejam felizes, escrevam, comentem, discutam ideias mas sem parvoíves, pode ser? A gerência agradece.

E viva o Porto! O blog é meu, posso escrever o que me apetece e ninguém é obrigado a ler se não quiser!

24.3.04

Os teus desejos...

... foram atendidos! Vê lá se aquilo ali ao lado responde à tua questão...?

23.3.04

E vai buscá-la...!

Eu sei, eu sei que prometi e que passo a vida a quebrar promessas, mas não dá para aguentar. Por isso é só para dizer que para gande infelicidade de muitos, ainda não foi desta que o Mágico Porto "levou na bilha". Tenho dito.

Fascinante

Estou a pensar seriamente em tirar um curso "disto". Não especificamente de blogs porque não tem assim tanto que se lhe diga (apesar de eu ter acabado de acrescentar mais uma facilidade no meu e ter a certeza que se me empenhar posso vir a acrescentar muito mais) mas da Net em geral. Saber como funciona um motor de um carro não tem a menor graça, agora o funcionamento da Web continua a fascinar-me todos os dias.

Como podem constatar ali ao lado, já tenho fotografias! Agora posso partilhar as minhas imagens favoritas com toda a gente. Para já ficam algumas que tinha por aqui. Depois hão-de vir mais. Queriam blogs interactivos? Pois eu faço-vos a vontade, o meu muda quase todas as semanas. Sou a eterna insatisfeita com o que está feito e por isso não páro de o alterar. E depois de vez em quando faço asneiras, como há poucos dias em que tive de começar do zero. Mas isso agora não interessa nada. Vejam lá se escrevem umas coisas giras para eu ler, todos vocês, em vez de virem cá só espreitar. E depois dêem notícias.

Ainda só lá pus 3 fotografias e agora ao olhar para elas cheguei à conclusão que há um denominador comum em todas... vejam lá se descobrem qual e depois digam-me.

Só vos digo que não sabem o que perdem porque "isto" é mesmo fascinante!

22.3.04

Quem é que inventou as segundas-feiras?

Sim, quem inventou, digam-me. Quero saber. Quero refilar com ele, criticar a ideia, porque raio é que alguém se havia de ter lembrado de inventar as segundas-feiras? Porque é que o dia custa tanto a passar? Amanhã já não é assim, mas enquanto for segunda-feira hei-de sempre lembrar-me que é segunda-feira. É isso e os Domingos. Quem é que inventou os Domingos? Às vezes conseguem ser pior que as segundas-feiras porque são precisamente o antecessor das ditas. E passam num abrir e fechar de olhos, mesmo quando se acorda às 8 da manhã. Ontem, numa fugaz passagem por um canal de televisão (aquele mesmo que tem a mania de cortar os filmes antes deles acabarem. Só me apetece desancá-los porque nunca deixam o genérico passar, cortam logo o mal pela raíz o que para mim é a mesmíssima coisa que arrancar as páginas de um livro e me provoca fúrias indescritíveis e a ameaça de nunca mais voltar a ver um filme nesse canal e mandá-los pôr os compromissos publicitários num sítio que eu cá sei).

Mas dizia eu que apanhei um bocado do Kate&Leopold (que nunca tinha visto antes apesar de conhecer mais ou menos a história) e a Meg Ryan queixava-se por ser quase Domingo (era quase meia-noite de sábado) e que não gostava de Domingos porque antecediam o dia em que tinha de ir trabalhar. Compreendo perfeitamente o sentimento. A parte estúpida é que eu até gosto de trabalhar e melhor ainda, até gosto do trabalho! E do sítio, e dos colegas e no geral posso dizer que gosto. Mas então porque é que sofro desse grande mal que é a febre das segundas-feiras? E não haverá cura? Mudando o nome, quem sabe? Se calhar o mal é mesmo esse, "segunda". Se é um dia de segunda porque é que não tivemos direito a um de "primeira"? Só o próprio nome é irritante, "segunda". Segundo lugar, o que não foi capaz de ser primeiro mas foi segundo como consolação. Segunda, a mudança que não interessa para nada porque ou se usa a primeira para arrancar ou então já vamos na terceira sem dar pela outra. Ainda por cima os 22 dias de férias no ano não chegam para cobrir todas as segundas-feiras que existem porque se desse, era só marcar férias nas segundas-feiras todas.

Já estou a divagar. Pelo menos já passaram uns minutos, já só faltam 10 horas para acabar esta "segunda-feira"!!

19.3.04

Pai

Todas as palavras de agradecimento não seriam suficientes para traduzir o que sinto. Mesmo que muitas vezes não pareça. Mesmo que fique sempre por dizer. Agora não vai ficar mais. Pelo menos vai ficar escrito. Para que se propague no tempo e no espaço.

Porque a vida nem sempre é um mar de rosas, há duas pessoas que sempre estiveram lá para me educar, para me ver crescer, para me ralhar, para me apoiar. Mesmo que eu tenha discutido os métodos, hoje reconheço que só podia ter sido assim. E só posso agradecer tudo o que me proporcionaram e que me transformou, mal ou bem, na pessoa que sou hoje.

Nunca mais me esqueço de uma prenda que um dia demos ao nosso pai precisamente no Dia do Pai e que julgo que continua algures pendurada na garagem, toda preta, graças ao escape dos carros. Era um daqueles mini-cartazes, chamemos-lhe assim, de um material entre o papel e outra coisa qualquer, que se usavam há muitos anos com os mais diversos motivos e dizeres. Não me lembro das frases correctas mas era a história da relação entre filhos e pais e do que os filhos achavam do pai ao longo da vida. Aos 10 anos era um herói, aos 20 não percebia nada de nada e por aí fora. O que é que será que se dizia aos 30? Não me lembro. Sei que cada vez o compreendo melhor, que a fase de achar que era o meu herói (que nunca ultrapassei, apesar de todas as circunstâncias), começa novamente a vir ao de cima.

Há bocado as minhas colegas comentavam se eram mais parecidas com o pai ou com a mãe e com qual dos dois entravam mais em choque. Em todos os casos, nunca coincidia. Eu acho que sempre conjuguei os dois num só. Temos ambos alguma dificuldade em expressar sentimentos por palavras. A menos que sejam escritos. A menos que sejam por gestos ou feitos.

Ser pai não deve ser fácil e apesar de não ter essa experiência acho que consigo reconhecê-lo. E agradecer muito por me ter tratado sempre como tratou e principalmente em igualdade de circunstâncias, coisa que não acontecia com nenhuma das minhas amigas com irmãos. Se me interesso por ler devo-o a ele e à fantástica biblioteca que sempre nos proporcionou, se sou perfeccionista (à minha maneira!) devo-o a ele, se me desfaço para conseguir agradar a terceiros aprendi com ele, se tento sempre lembrar-me dos pormenores mais pequenos daquilo que os outros gostam foi ele que me ensinou. Se sei mudar um pneu e pôr gasolina no carro foi graças a ele que me ensinou tudo no mesmo dia em que fez a surpresa de me oferecer o meu primeiro carro. E muito mais coisas que aqui faltam e que devo totalmente a ele (s).

Só espero um dia... conseguir fazer metade do que fizeram e continuam a fazer por mim.

18.3.04

Os amigos

Toda a gente devia ter daqueles amigos com quem se consegue passar meses ou até anos sem falar pelos mais diversos motivos originados pelos caminhos normais da vida e que quando a convivência retoma é como só tivesse passado um dia. Cheguei à conclusão que tenho vários amigos assim. Posso até passar anos sem os ver mas sei que estão lá se eu precisar e eles também sabem que eu estou aqui.

Os verdadeiros amigos são aqueles que não nos cobram constantemente a nossa presença nem nos acusam de não lhes ligarmos nenhuma só porque temos outras coisas para fazer e a nossa vida não se resume a jantares e idas a discotecas. São os que sabem que podem sempre contar connosco independentemente da última vez que falámos já ter sido há tempo demais para nos lembrarmos disso. São os que se vão manter para sempre mesmo quando chegarmos aos 80 e muitos tiverem ficado pelo caminho.

Tenho a sorte de ter feito vários (muitos) amigos ao longo da vida e de, felizmente, continuar a fazer. Não vou cair naquele famoso cliché e dizer que os verdadeiros amigos se contam pelos dedos da mão porque as minhas mãos precisavam de mais dedos. Porque eu não preciso de falar com os meus amigos todos os dias ou sair com eles todos os fins-de-semana para os considerar verdadeiros amigos. E também não preciso de lhes fazer todas as confidências sobre a minha vida nem saber as deles para os ter como amigos. Nem preciso que me contem tudo o que se passa na vida deles em primeiro lugar antes de contarem aos outros. Só preciso que existam.

Estou com os meus amigos quando tenho vontade e disponibilidade, não por frete e obrigação. Nem sempre é fácil fazer por isso. Uns têm mais tempo que outros, uns mais obrigações extra amizade que outros e nem sempre é fácil conciliar as vidas agitadas da juventude (hum hum) dos nossos dias.

Tenho amigos desde que nasci, desde o Colégio, desde o liceu, desde a faculdade, desde os empregos... curiosamente não da escola primária mas também passei por tantas que era difícil conseguir esse feito. Acho que fui fazendo amigos em todos os lados por onde passei e gosto de cultivar essa amizade nem que seja só com um postal no Natal. Porque por muito que possa parecer piroso, só o simples facto de enviar a alguém um postal no Natal mostra que nos lembrámos dele, certo? E é meio caminho andado para ele ter a certeza que nos lembrámos dele muito mais vezes durante o ano mas que por 1001 contingências acabámos por só no Natal arranjar a disponibilidade para lhe dizer isso mesmo.

Gostava de ter mais tempo para estar com os meus amigos, a sério que gostava, mas a vida assim não o permite. Os fins-de-semana são curtos para tanta solicitação e o tempo passa mesmo a voar. Quando damos por nós já somos adultos, alguns pais e as 24h não esticam. Gostava que todos os meus amigos compreendessem isso. Que não é por mal que não lhes ligo tanto quanto gostaria ou estou com eles como desejaria. Se eles tiverem vontade de ligar não deixem de o fazer só porque eu não liguei primeiro.

A amizade é das tais coisas onde nunca se devia cobrar nada a ninguém, devia ser tudo natural. Gostava que em todos os casos acontecesse o mesmo que descrevi ao início. Os meses podem passar, os anos podem voar mas quando finalmente nos voltarmos a encontrar, parece que ainda foi ontem que estivemos juntos, a rir e a conversar!

15.3.04

Para todos...

... os que aqui entram sempre ou de vez em quando. Se tiverem um tempinho, cliquem ali no "English translation". Tem cenas de quase chorar a rir. Quem não perceber em Português não é por ali que vai perceber mas para quem percebe chega a ser hilariante.

E já agora "pinem-se" no mapa. Quero lá ver os vossos bonequinhos todos! (ele há loiras, ele há morenos, até há alliens, vejam lá!).

Ninguém é perfeito

Assim mesmo me foi dado o mote para um dos meus mais queridos ódios de estimação: o tabaco.

Mete-me nojo entrar numa casa de banho e não conseguir respirar porque há quem entenda que o espaço já de si reduzido de uma casa de banho pública é o local apropriado para matar o vício. Mete-me igualmente nojo entrar na cozinha do local onde trabalho, apenas por uns meros segundos para lavar a maçã que pretendo comer e ficar com o cabelo de tal maneira empestado em fumo que fico mal disposta com aquele cheiro nauseabundo para o resto do dia.

Metem-me nojo as grávidas que exibem barrigas proeminentes com o mesmo orgulho com que exibem o cirgarrinho da praxe na mão. Metem-me nojo as mães e os pais que empurram carrinhos de bebé com uma mão e empunham o belo do apêndice esfumaçante na outra.

Mete-me nojo ter de almoçar ou jantar num sítio qualquer e engolir garfadas de fumo quando o que tento engolir é mesmo comida. E ainda ser olhada de lado se chamo a atenção para o incómodo que me está a causar. Vá lá saber-se porquê, há pessoas que gostam de engolir fumo enquanto comem. Deve ser uma tara qualquer.

Mete-me nojo querer sair à noite para um sítio qualquer onde possar conversar um pouco com os amigos e chegar a casa completamente empestada da ponta do cabelo até às unhas dos pés, roupa interior incluída. É por isso que cada vez saio menos. Digam mal dos McDonald's à vontade. Pelo menos aí tenho a certeza que ninguém vai estar a fumar para cima de mim. Infelizmente, para conseguir comer num restaurante de não fumadores só se pode comer fast-food, não devemos merecer mais que isso, devemos ter feito mal a alguém, se calhar é a nossa refeição que incomoda o tabaco dos outros!

Metem-me nojo os putos betos de hoje em dia que acham que fumar lhes dá um estilo fantástico porque está na moda. Para mim só têm mesmo é estilo de parvos e alguém um dia lhes vai ter de dizer que beijá-los é a mesma coisa que lamber um cinzeiro. Ainda me metem mais nojo as pessoas que nunca fumaram enquanto adolescentes e que depois de adultos é que lhes dá para isso. É que nem têm a desculpa do "era novo, não pensava, agora não consigo parar".

Metem-me nojo as pessoas que não respeitam o direito que eu tenho de respirar ar sem fumo de tabaco e que ao mesmo tempo se queixam que não são respeitados os seus direitos como fumadores. Quais direitos? Só se for o de poluir o ar que todos respiramos e contribuir para que o dito cujo fique ainda mais irrespirável (e não me venham com a treta dos fumos de escape dos carros porque é impossível viver em 2004 sem carros, não é impossível viver sem cigarros).

Metem-me nojo as pessoas que se escondem nas casas de banho dos aviões para fumar quando isso não só é proibido como potencialmente perigoso. Metem-me nojo as pessoas que temos de gramar nos transportes públicos cuja roupa tresanda a tabaco e que tentam esconder isso com litros de perfume.

O tabaco é capaz de ser o maior turn off que alguma vez posso imaginar e jamais me interessaria por alguém que fumasse. Seria motivo de divórcio mesmo. Aliás, não seria motivo de divórcio porque nunca chegaria a haver casamento. E se tivesse havido e esta realidade aparecesse depois eu ia pensar que era eu que tinha feito alguma coisa de errado. E aí seria motivo para divórcio, sim senhor. Sem apelo nem agravo. Não consigo pensar em nada menos excitante e mais desinteressante.

Por tudo isto e muito mais é que adorava que aqui fossem aplicadas as mesmas leis anti-tabaco que nos Estados Unidos. Se há coisa em que sou fundamentalista é mesmo esta. E enquanto este cheiro nojento me estiver a chegar ao nariz como está neste momento, vou continuar a despejar a minha raiva. Toda a gente havia de ter vergonha de acender cigarros na rua, em locais fechados, no cais do Metro, no aeroporto. Em todos os aeroportos dos países civilizados que conheço, basta ir a Paris e Londres para não ir mais longe, é proibido fumar. Aqui tinhamos de ser diferentes, cada um faz o que quer como manda a lei da Anarquia e os outros que se amolem e que fujam dali e é se querem continuar a respirar.

Se estas coisas fossem de escolher, eu escolhia só gostar de pessoas que não fumam e tentava estar só com pessoas que não fumam. Felizmente para mim e nem sequer foi de propósito, a maioria das pessoas com que me dou não fuma. Uma mão chega e sobra para contar os meus amigos e conhecidos todos que ainda não se renderam à evidência de que aquela porcaria... é mesmo uma grande porcaria.

Resumindo e baralhando: o tabaco mete-me nojo. Pois é amiga, ninguém é perfeito!

14.3.04

Será demais pedir a taça?

Está tudo pronto? Dá-lhe gás!

Três, dois, um, vai arrancar
uma espécie de hino em versão popular
sem essas coisas de mão no peito e ar pesado
Em 2004 o campeonato vai mudar o nosso fado
do coitado, do comido
Porque é que o país se queixa do que podia ter sido?
Mas nunca é. E a culpa nunca é nossa
é do árbitro, é do campo, é de quem nos deu uma coça.
Chega. Queremos mais, é um murro na mesa.
Um grito do Ipiranga em versão portuguesa.
Porque até hoje, quase marcámos, quase ganhámos, quase fizemos…
Mas porquê quase? …Passemos à próxima fase.

Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!


O conceito é muito simples: não desistir.
Mas será que é chato aquilo que acabamos de pedir?
É chato agora, acreditem no que digo:
nós jogamos em casa e contamos com o Figo,
o Rui Costa, o Deco, o Simão e o Pauleta.
Razões para querermos muito mais que um lugar que não comprometa.
Será de mais pedir a taça?
Nada que um adepto com o mínimo de orgulho não faça.
Bonito, bonito, é dar o litro,
É não passar a vida a pôr culpas no gajo do apito.
Vá lá gritar noventa minutos, cento e vinte, o que for
do princípio ao fim, por favor.
Vamos lá, afinem-me essa voz
No fim, só ganha um… e temos que ser nós.

Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

Joga mais!
Sua mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

Nem custa tanto assim imaginar a vitória
no fundo, é só uma soma de momentos de glória.
Era bonito… Um abraço aqui, um abraço ali…
Abraço toda a gente, abraço quem nunca vi.
Vamos lá transformar isto numa grande festa
Sem pressão, Selecção, és a esperança que nos resta
Por isso, escuta: não te esqueças que a sorte protege os filhos da luta.
Não nos levem a mal a exigência
Mas p'a empates e derrotas não há grande paciência.
Queremos mais, muito mais, menos ais
Scolari, já vimos do que cê é capais.
Cê sabe que para ganhar é preciso ter fé.
E a bola no pé.

…querem mais?

Então vamos lá outra vez
Quem não salta, não é português
Sempre com o desejo de cantar na final
"levantai hoje de novo o esplendor de Portugal".
Tudo a postos,
vamos ter fé uma vez na vida
e acabar o europeu de cabeça e de taça erguida.
Se temos saudade, temos vontade, temos saúde, temos atitude
Se temos tudo, de que é que o português se queixa?
…Era esta a vossa deixa.

Marca mais!
Corre mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

Joga mais!
Sua mais!
Menos ais, menos ais, menos ais!
Quero muito mais!

12.3.04

Assuntos, assuntinhos e assuntões

As minhas leitoras blogueiras mais fiéis queixam-se que o meu blog está a ficar demasiado politizado (acho que foi a expressão utilizada). Parece que ultimamente falo mais do FCP do que de outra coisa qualquer e como esse não é um assunto que lhes interesse particularmente (nem geralmente quanto mais particularmente!), arrisco-me a que deixem de me ler. A verdade é que eu uso este espaço para falar do que me vem à cabeça e se nos últimos tempos, o meu Porto está a dar que falar, a portar-se bem e a dar-me muitas alegrias, como é que eu podia não falar, não é?

Felizmente também há quem goste e que se reveja. Não se pode agradar a toda a gente ao mesmo tempo, certo? Vocês não fazem ideia do que é ser portista em Lisboa, é a velha história que não vou repetir porque já falei disso aqui. Mas ela faz (Olá Vanda!).

Vejam a coisa desta perspectiva: não tenho filhos para descrever as suas peripécias que é um dos temas que muito aparece nestes espaços bloguerianos. Não tenho nenhuma veia especialmente poética para encher estas páginas com poemas. Não estou a sofrer por amor por isso longos discursos apaixonados/trágicos também não me parecem apropriados. Não estou de mal com o mundo para me queixar e refilar e destilar ódio para todos os lados. Escrevo sobre mim, passe a imodéstia, porque é o tema que melhor domino! Escrevo sobre os meus gostos, os meus hobbies, as minhas loucuras ou as minhas preocupações. Basicamente, escrevo sobre o que me dá na telha ou que me inspira em cada momento. E o mundo azul e branco inspira-me. É uma paixão, das tais coisas que não se explicam, só se sentem. Têm de me dar um desconto, mesmo que eu seja mulher e estejamos a falar de um clube de futebol e estas duas realidades pareçam contraditórias.

Não imaginam como fiquei mesmo contente ao descobrir o blog de que falei há dias. É um excelente exemplo para limpar a imagem que o resto do país (melhor dizendo, adeptos de outros clubes que os há em todo o lado de Norte a Sul) tem de que todos os portistas são bimbos desdentados que não sabem falar. E através desse já descobri outros que me tenho divertido a ler (Vitor Baía deu-me especial gozo, pena não ter comentários, apeteceu-me dizer amen a tudo!) e que me têm deixado igualmente feliz. Só me apetece dizer: Estão a ver que também há portistas com discursos coerentes, que sabem escrever e até muito bem? Que nem todos são "bimbos" nem todos são como o povo que aparece na televisão aos berros a dizer que "o Puorto é o máááááior"? Felizmente.

Pronto, nos próximos tempos vou tentar mudar de assunto. Vou tentar só voltar a este quando formos campeões nacionais. E ganharmos a Taça de Portugal. E a Champions League. Pronto, ok, estou a abusar. Quando formos campeões nacionais só... e talvez a Taça. O Porto é o maior... pronto, já me calei...!

Se eu mandasse...

... não era a pena de morte que desejava para os terroristas. Isso seria bom demais para eles. Até porque a maioria tem a mania dos ataques suicidas e isso seria apenas fazer-lhes a vontade.

Se eu mandasse deixava-os apodrecer num espaço de 1 metro quadrado às escuras, sem cama, sem roupa, sem casa de banho, a pão (uma vez por semana) e água, frequentemente torturados com as técnicas mais escabrosas que me conseguisse lembrar na altura, quiçá inspiradas nas torturas praticadas na Idade Média. Nunca seriam o suficiente para morrerem.

Se eu mandasse e se porventura os terroristas ficassem doentes tratava-os para poder continuar a fazé-los sofrer. Deixava-os no limbo entre a vida e a morte mas sempre sem os deixar passar para o lado de lá. De preferência durariam 80 anos e mesmo assim o que sofreriam nunca seria suficiente para compensar o que fizeram outras pessoas passar.

Se eu mandasse.

10.3.04

Eu tou maluca!

Na 2ª feira, ao passar pela portagem da 25 de Abril, deram-me um folheto da Via Card sobre a Maratona da Ponte. Ofereciam 2 inscrições (15€ cada uma) por contrato de Via Card (coisa que eu tenho) e ainda t-shirts e brindes (adoro brindes!). Assim que pude fui ao site da Lusoponte e inscrevi-me. Inscrevi o meu maridão também. Eu odeio correr mas ele costumava ir a todas as corridas da ponte até me conhecer e tem as medalhas todas (que má influência que eu sou). Não sei porquê mas apeteceu-me. Se não fizer nada por mim aos 30 (pronto, 31) quando é que vou fazer? Claro que toda a gente a quem contei me disse que eu era louca e estava doente! Doente não estou felizmente mas a loucura anda por aí. Claro que não vou conseguir correr 7kms mas a andar talvez lá chegue. Ou de patins! (excepto nas subidas). Logo se vê, logo dou notícias.

Hoje fiz 450m na piscina (mais uma loucura). Aquilo cansa mesmo. Quando conseguir fazer 1km faço uma festa. Não tenho tido mais aventuras de balneário (apesar de ter descoberto que há 2 duches fechados) porque já tenho os truques todos estudados e a funcionar lindamente. E sabe muito bem estar dentro de água. Se eu fosse de Psicologia agora diria que tem qualquer coisa a ver com as saudades do útero materno, mas como sou mais racional acho que é porque sabe bem simplesmente. Claro que saio de lá completamente esganada de fome mas também é preciso ver que saio precisamente à hora habitual de jantar. E faz bem à pele, dilata os poros. Já nem me dói tanto o corpo como na primeira vez que fui, algum bem há-de estar a fazer. Enquanto tiver paciência e tempo vou continuar a nadar.

Nota mental

Nunca mais voltar a mexer no Template sem o ter gravado num ficheiro de Word para poder recuperar quando fizer asneira.
A pouco e pouco isto vai lá.

Estes são os Filhos do Dragão que vão fazer deste Porto campeão

Descobri um blog fantástico (só na minha muito humilde opinião pessoal, claro). O Dragão! Hoje não tenho mais palavras. Vou ler o Record. E dali aproveito para transcrever só um comentário:

Acreditar. Chamem-lhe o que quiserem. "Fé" é uma palavra pequena e é por isso convocada para esta coluna que também entra para a história. Os jogadores do FCPorto são homens de carácter. São marinheiros que não se assustam quando as ondas são mais altas que o mastro principal. Pelo contrário, é então que mais acreditam na natureza. Na força da natureza.

9.3.04

I'm so excited and I just can't hide it

I have an English friend and this one is for him. He's not a Manchester United supporter but rather a QPR's fan (I'm sorry Elliot but I don't think anyone has ever heard about it here!). This afternoon, before the big match (I'm still too excited to talk about it just yet), he asked me Do you think Porto will beat Man Utd tonight!? I didn't answer, thought it would bring bad luck to even think about it. If he'd ask whether I thought Porto was capable of doing it, I would have said "definitely". But I preferred not to talk about it.

We started of as more than one time a month letter pen pals over 10 years ago and went on to the occasional e-mail. We've shared thoughts and feelings throughout all these years and in spite of the distance I always felt as though he was there for me. I've met his girlfriends, he's met my boyfriends. Now that I think about it, he's one of my oldest friends. And although we've only met face to face about 4 times if I recall correctly, I don't think I'm lying if I say that we can go without talking for years and still pick up where we left off.

We have a couple of things in common one of them being we write a lot. We write a lot more than we speak, actually. He was probably the only one of my pen-friends who wrote letters I was really longing for to read because they were huge an full of stuff to read. I never liked those pen friends who wrote things like I'm ok, How are you, the weather is fine. And he is not like that at all. He always has lots of stuff to say and I love reading them. He is probably one of the reasons why I'm able to express myself in English almost as I was speaking my mother tongue. I practiced a lot with him and I'm thankful for that.

I really like him but... Porto did beat Man Utd! And I was so happy, so proud of that team it is difficult to put in words. I almost had a heart attack in those last suffocating minutes but I think it was a great victory. Specially after what that arrogant coach (the queen should really rethink her policy, she's giving away too much of those Sir titles to people who don't deserve them!) had been saying this week. Who are the girls now? I guess that would be you, loosers! You rich bastards with a budget that would cover all Portuguese First League teams expenses for an entire year!

I don't even know if he was really keeping his fingers crossed for Manchester or if he couldn't care less but either way, it doesn't matter anymore because my Porto won, yes they did. The ones who never give up without a fight, the ones who never stop running till they can't run anymore, the ones that win, just like it said on the article I copy pasted in my last post.

Yes Elliot, I did think Porto was going to beat Man Utd tonight. I just didn't want you to think I was so full of myself If I admited to that. I wish I was 300 kms up North. Tonight I would have celebrated on the streets because I'm so excited and I just can't hide it!

É uma vergonha mas sou do Benfica

"O problema é que Portugal é um país absolutamente benfiquista. E para um Benfiquista é pouco importante ganhar. O que é importante é ser do glorioso, ou pelo menos parecer.

A confusão em torno da Selecção Nacional é tão estúpida que me sinto também um pouco estúpido a escrever sobre ela. Até porque, aparentemente, esta questão não tem nada a ver com o “briefing”, nem com estas coisas da publicidade. Aparentemente. Depois de ver o Porto jogar, cilindrando o Manchester, tive pena de não ser do FCPorto. Infelizmente, sou do Benfica, o que cada vez mais me soa a defeito e a falta de inteligência. O pior é que estas coisas não se escolhem. Se Portugal fosse um bocadinho como a equipa do Porto, se não tivesse medo da concorrência, se corresse durante os 90 minutos que dura o jogo, se acabasse esgotado, tendo ganho ou não, se assumisse a derrota como uma falha e não como um erro do árbitro, das condições climatéricas e da relva. Se Portugal fosse todo assim, como são os do Porto, isto seria melhor. O problema é que Portugal é um país absolutamente benfiquista. E para um Benfiquista é pouco importante ganhar. O que é importante é ser do glorioso, ou pelo menos parecer. Um Benfiquista é alguém que vive da aparência e da opulência de um passado cada vez mais longínquo, em que a lenda se confunde com a realidade, substituindo-a gradualmente. Os portistas vivem do presente. Vivem da vitória. A coisa é de tal forma que quando jogam com clubes portugueses eles já perdem metade do gozo e jogam a meio gás, Por tudo isto, é que não percebo as dúvidas e confusões na cabeça de Scolari. A Selecção Nacional portuguesa devia incluir todos os jogadores do Porto que podem jogar por Portugal, e depois era só arranjar um ou outro para preencher os espaços em branco, juntando um Figo, e um Pauleta, e quanto menos, melhor. O Portugal do Porto é melhor do que o Portugal do Benfica, do Sporting ou dos imigrantes em Itália, Espanha e Inglaterra, cheios de madeixas no cabelo e tiques de pop-star de boys bands fugazes. Os do Porto, que infelizmente não são os meus, trabalham, correm, choram. Os meus, que são os outros, não. Fazem outras coisas. Nunca ganham é nada.
"

Mário São Vicente, director da “Briefing”

Não resisti!!!

8.3.04

Tu não percebes

Até ao dia em que o Senna morreu, eu costumava ver quase todos os grandes prémios na televisão. Depois desse dia nunca mais vi nenhum. Já está quase a fazer 10 anos. Eu era Senna, o meu irmão era Prost. Tinhamos as nossas guerras, claro, como todos os irmãos. Torcer pelos mesmos não teria a menor piada. Hoje em dia pergunto-me a mim mesma como é que alguma vez tive paciência para passar duas horas de um domingo a ver carros às voltas numa pista mas a verdade é que na altura aquilo tinha uma certa graça. O Ayrton tinha carisma, mesmo para alguém que como eu não percebia nada de carros, menos ainda de Fórmula 1 e ele lá estar era o suficiente para eu ficar agarrada à televisão. No dia do funeral, ao ver aquele cortejo gigantesco como nunca voltei a ver nenhum igual, vieram-me as lágrimas aos olhos, como se fosse alguém de família ou um amigo chegado. Ele tinha qualquer coisa, lá isso tinha. E se não tivesse morrido as coisas teriam certamente sido diferentes. Há quem até tenha feito festa mas isso dava para outra história...

Só entrei uma vez no Autódromo do Estoril e foi para ver um Troféu Clio ou qualquer coisa assim. Com convites, claro, e a promessa de um concerto, acho que dos Ritual Tejo, que depois acabaram por não tocar por causa da chuva. Não me lembro de nada em particular a não ser que chovia torrencialmente e o Mira Amaral estava nas bancadas. E que nos deram brindes alusivos ao Twingo que estava nessa altura em fase de lançamento (umas canetas, bonés, uma coisa assim). Estão a ver por aqui o que eu ligo a corridas de carros.

No Colégio onde andei entre os 10 e os 14 anos, nas vésperas dos GP, ouvia-se o "roncar" dos bólides, às sextas-feiras à tarde. Podem acreditar, não sei bem quantos quilómetros vão de Meleças ao Estoril mas nós ouviamos de facto os Fórmula 1 nos treinos. E se ali parecia que nos estava a passar um comboio por cima, nem quero imaginar como é que não se deve ouvir lá perto, deve ser o suficiente para precisar de uma prótese auditiva para o resto da vida.

Jamais me passaria pela cabeça ir ver uma corrida ao vivo. Pronto, se tivesse bilhetes de borla talvez, com a ajuda de uns tampões bem fortes. Se o Senna fosse vivo até era capaz de pensar nisso a sério, era o único que me faria mudar de ideias. Mas na verdade, qual será a graça de ver passar carros a espaços a 300 kms à hora? Pelo menos na televisão vê-se tudo. "É o barulhinho" diz ele, "tu não percebes". Pois não, tem razão, não percebo mesmo. Há coisas que nunca vou perceber. Mas também não tenho pretensões a isso.

5.3.04

Adeus, até ao meu regresso

Há dias que não rendem e estar ou não estar significa precisamente a mesma coisa. Só apetece enfiar em casa e vegetar em frente à televisão com o comando na mão para o zapping da praxe (apesar do desaparecimento recente dos dois canais que tanto fizeram as delícias do meu rapaz ao descobri-los). Ainda por cima tenho um jantar marcado e não tenho a menor vontade nem de ficar 3 horas à espera do dito nem de ir e voltar (pormenores logísticos de quem mora na margem oposta à do trabalho). Se entro em casa acho que já de lá não saio hoje. Mas a vida é feita de sacrifícios e apesar da dor de cabeça que teima em perseguir-me esta semana, tenho de fazer esse esforço a bem da nação.

Acho que me vou embora, segunda também é dia de produção. Amanhã tenho uma longa viagem pela frente. Portem-se bem. Bom fim-de-semana!

Ai! Ui! Ai!

Hoje a dor já se suporta. Ontem mal consegui conduzir para casa. A direito ainda era como o outro, agora as curvas implicavam mexer os braços e lá vinha esta dor excruciante num sítio onde não achava ser possível doer alguma coisa. Mas se daqui a uns dias isto significar que me deixaram de doer as costas e o pescoço e etc, então valeu a pena o sacrifício.

Oa balneários são um labirinto e eu nestas coisas sou completamente desorientada. Tudo liga com tudo, os 3 balneários, as wc, os duches, o cais da piscina, é uma confusão pegada. Entrei numa porta para sair noutra sem ter conseguido descobrir a casa de banho onde precisava de ir para sobreviver depois do trânsito todo que apanhei para lá chegar. Olhei para as indicações, para as setas cheias de polvos cor-de-rosa e lá consegui chegar. Um dia destes tenho de ir pedir ajuda para encontrar o meu cacifo. Adiante.

Fiz praí uns 300m na piscina. Talvez tenham sido 250m mas menos que isso não foi de certeza. Aquilo cansa, já não me lembrava que cansava tanto. Comecei logo por me enfiar na pista errada, onde estavam umas pessoas mais velhas a fazer que nadavam. Devia ter percebido logo mas não, só quando a monitora me veio perguntar o que eu estava a fazer é que percebi que estava na pista errada. Não explicam! Podia ter ido por dentro de água mas saí para voltar a entrar na outra pista. Ainda levava com algum puto em cima dos que estavam a ter aulas noutras duas pistas lá para o meio.

A de utilização livre fica mesmo ao lado das aulas de hidroginástica. A mais fácil, cheia de gente, a mais difícil com umas 10 ou 12 mulheres (daquelas com que depois me cruzo no balneário, que bom!), que com um colete à volta da cintura, ficam na parte funda da piscina. Deve custar mais mas também fazer melhor. Ninguém diria porque algumas eram bem balofinhas o que prova que a piscina não emagrece ou se emagrece não quero imaginar como é que elas eram antes. A professora da parte funda é a mesma brasileira que costuma ir dar aulas de hidroginástica na piscina da Aroeira ao fim-de-semana. Sou desorientada mas até reconheço caras.

Só estavam mais 3 pessoas na minha pista, rapazes. O que significa que enquanto eu fazia uma piscina eles faziam 2 ou 3 incluindo o meu respectivo. Mas às vezes também paravam numa das pontas para descansar, não era só eu. Esqueci-me dos óculos no balneário o que significou fazer a aula toda de bruços e sem pôr a cabeça dentro de água. Na pista ao lado, nadava-se mariposa, fartei-me de engolir água porque cada braçada deles eram 5 litros de água na minha cara. Enfim. Por 2€ não se pode pedir muito, certo?

De volta ao balneário, o momento mais esperado do dia: os duches são públicos e abertos! Sim, isso mesmo, chuveiros a toda a volta da parede, cheios de gente (abstenho-me de voltar a descrever o espectáculo). É obrigatório estar sempre de chinelos (e depois eu é que sou esquisita por não querer despir-me). Em primeiro lugar eu gosto de tomar banho sozinha e mesmo que disso não fizesse questão, a fila era enorme, bem podia ficar ali a mofar à espera que aquela gente toda armada de shampoos e gel de banho se despachasse. Algumas passam só por água, de fato de banho vestido mesmo. Valha-nos isso, era o que eu pretendia fazer mas acabei por desistir, a minha banheira em casa era bem mais apetecível e a fome apertava, não ia ficar ali à espera.

De volta ao meu cacifo, apenas com o duche do "lava-pés" (que não tem água na zona dos pés, by the way), de cabelo espetado para todo o lado, lá consegui vestir a camisola de fato de treino que bendita hora me tinha lembrado de pôr na mochila. Fiz progressos. Sim, consegui vestir a camisola ali mesmo, sem ser no meu amigo cubículo, entretanto ocupado há uma eternidade. Acho que isto com prática até vai lá, veste-se primeiro o pescoço, tira-se um braço do fato de banho, enfia-se o braço da camisola, o mesmo do outro lado. Ufa. Prova superada.

O pior é o resto. A parte de baixo é que não vai lá, nem com a toalha enrolada à cintura. Com o fato molhado e o corpo molhado, é impossível tirar aquela parte sem deixar cair a toalha. Desisti. Quero lá saber, pelo menos os WC são fechados (vá lá saber-se porquê num local onde é tudo ao molho e fé em Deus) e foi mesmo aí que eu vesti as calças. Acho que vou mesmo adoptar a WC como a minha nova melhor amiga depois da traição do cubículo. Assim como assim, preciso mesmo de lá ir depois de sair de dentro de água.

Nota mental: na próxima aula, sair da piscina 5 minutos antes das 40 mulheres da hidroginástica para conseguir tomar duche (vestida, bem entendido!) antes de toda a gente chegar. Assim como assim não aguento mesmo 40 minutos a nadar. Daqui a uns dias, quando eu deixar de falar nisso, já sabem que é porque já corre tudo normalmente e deixa de ser postável!

4.3.04

Uma Aventura na piscina

Resolvi fazer desporto. Já acabaram de rir? Pronto, então posso continuar. Resolvi fazer desporto porque a idade não perdoa, a gordura acumula-se, as costas estão sempre doridas, os músculos perros. Chega uma altura em que há que dizer basta e por muito que me dê muito mais jeito ser uma couch potato, não podia continuar a vida toda assim.

Nunca tive pachorra para ginásios (sim, pachorra é uma palavra que eu uso muito, acho que deve ser alentejana mesmo), gente a suar, aos pulos, blharc, não é a minha ideia de divertimento. Dizem que a natação é um desporto muito completo, até faz bem às costas e tudo, há uma ao pé de casa, tenho companhia, ainda por cima não se transpira, pronto, Natação it is, a escolha nem foi difícil.

Comprei um fato de banho de natação, coisa que não tinha há... 17 anos (assustador quando já podemos dizer que houve coisas que fizemos há 17 anos das quais nos lembramos muito bem), uma touca, levei o resto da trouxa e lá fui eu.

Primeira paragem: o vestiário. Àquela hora não estava muita gente, estava tudo dentro de água numa das sessões. Refugiei-me num cubículo para me preparar. A sensação de estar nos balneários aquecidos de uma piscina é reconfortante e era uma sensação que já não sentia há muito. Como se fosse sempre Verão e não fossem precisos casacos para nada. O cubículo não tinha banco, tinha um cabide mal remediado e vestir o fato de banho sem sítio para pousar as coisas é frustrante para uma comodista organizada compulsiva como eu. Superei a prova, com tudo seco não era assim tão difícil.

Segunda paragem: o teste. O monitor, cujo nome não apanhei, era um gajo novo e simpático. Começou logo a tratar-nos por tu. Confessei que já havia muitos (demasiados) anos que não nadava a não ser 3 braçadas na praia mas que sabia nadar o suficiente para não morrer afogada. Ele não estava muito convencido, a segurança e tal, mas lá me mandou para dentro de água. Quente, tal como o duche prévio, que soube como se estivesse a ferver. Que bom, acho que vou gostar disto, pensei eu para as minhas costuras (porque o fato de banho não tem botões!).

A piscina é grande. Acho que se chama semi-olímpica. É exactamente do tamanho da do Colégio e onde supostamente aprendi a nadar duante 5 anos. 25m por 16m. Parece pouco mas ao fim da primeira piscina já estava cansada. Uma de barriga para baixo e uma de barriga para cima, disse o monitor. Terá achado que eu não sabia o que significava bruços, crawl (ou crol como estava escrito nos papéis da inscrição) e costas e preferiu simplificar? Até sei o que é mariposa, fica sabendo. Apesar de nunca ter conseguido nadar aquilo.

Lá fui, a primeira piscina de bruços. A meio da dita, ele grita "Susana, agora crawl" e lá fui o resto "em crawl", sempre com a cara de fora que eu cá ainda não me entendo muito bem com aqueles óculos de água. Cheguei à parte funda e voltei para trás "de barriga para cima". Pelo caminho fui com o braço de encontro à borda da piscina por duas vezes, pois claro. Devem achar que eu tenho olhos na nuca, certamente. Entretanto já o meu respectivo tinha ido e vindo e estava em amena cavaqueira com o monitor. "Tu estás bem, agora a Susana precisava ali de uns toques" acho que foram as palavras do rapaz. Pois, eu disse-lhe que não nadava há "canos", estava à espera do quê, algum Mark Spitz? (lamento mas não me lembro do nome de nenhuma nadadora).

Quem sabe um pouco contrariado, lá pôs uma cruzinha no quadrado "Apto". Quer dizer que acredita que eu consigo andar ali na piscina a fazer umas piscinazitas em utilização livre, sem ele ter de despir a t-shirt para me vir salvar. E eu também acho que consigo. Claro que ao fim de 75m que foi o que acabei por fazer antes dele me ter mandado embora porque a aula seguinte estava quase a começar, já tinha a respiração mais ofegante que sei lá o quê. Mas sentia-me bem, estava completamente molhada, acho que é bem mais agradável que ofegar a seco, a transpirar a roupa.

No balneário novamente... o choque, o espanto, o trauma... (é para ser lido à Artur Albarran). Pronto, ok, eu admito, sou uma elitista púdica e o que quiserem mais, mas eu não tenho de estar num balneário cheio de mulheres nuas pois não? Nem os meus leitores masculinos, se os houver, iriam gostar de ter estado naquele balneário cheio de mulheres nuas! Nunca, jamais em tempo algum eu me vestiria à frente daquela gente toda. Novas e velhas, tudo ali na boa, como se fosse a coisa mais normal do mundo, a vestirem-se à frente de toda a gente, umas mais, outras menos envergonhadas, gordas, magras, enormes, argh, sei lá mais o quê, tive vergonha só de tentar não olhar. E olhem que era difícil porque elas estavam por todo o lado!

Até pode ser a coisa mais normal do mundo. Mas para mim não. A última vez que estive nos balneários de uma piscina eles eram individuais, boa? E nós tínhamos entre 10 e 14 anos, ou seja, menos vergonha ainda de nos vestirmos à frente umas das outras! E não é com certeza com esta idade que vou andar a partilhar as minhas banhas e restantes partes puribundas com gente que não conheço de parte nenhuma. Nem que eu fosse a modelo mais boazona deste mundo e arredores, alguma vez me exporia assim! No way!

Vai ser uma desgraça vai, hei-de ser conhecida naquela piscina como "a que se vai vestir dentro do cubículo". E ainda por cima só há uns 3 no total! Mas não quero saber, não quero mesmo, nem que comece a ir em dias diferentes e horas diferentes para ninguém me conhecer mas despir-me e vestir-me à frente daquela gente é que nem pensar. E não só não me visto à frente delas como não quero vê-las a vestirem-se! Não quero mesmo! É assim tão mau? Bem, acho que vou ter pesadelos esta noite com o que tive de presenciar naquele balneário.

Nem tomei duche, fugi dali o mais depressa possível (acho que os duches são individuais, valha-nos isso... será que dá para vestir no duche? Hum, vou averiguar isso). Lá me escondi num cubículo, o primeiro estava ocupado (pelos vistos há mais envergonhadas) mas o segundo, apesar de não ter fecho na porta (e me fazer lembrar o meu sonho recorrente de querer ir à casa de banho e a porta nunca fechar ou pior, não haver porta!), serviu para o gasto. O mesmo filme, tudo no chão, mala, mochila, roupa, botas, nada de banco, cabide rafeiro, tudo molhado. Argh, isto vai ser difícil. Vou ter de me habituar, mas hei-de fazer do cubículo a minha segunda casa!

3.3.04

Já é a terceira vez que escrevo este texto e se bloquear novamente, desisto!!!!!!!!!!!

Acabei de entregar o IRS (com tanto manda abaixo do PC, já foi há mais de meia hora!). Adoro as novas tecnologias em que se pode ir às Finanças, sem ir, no conforto do nosso lar, de pijama e chinelos. Ainda bem que só comecei a trabalhar no ano em que se começou a entregar o IRS na Net porque assim até me dá gozo.

Na nossa 1ª Declaração entregue em conjunto, validada e sem erros de preenchimento, daqui a dois dias é preciso consultar para ver se tem erros centrais (desculpem mas é o que aparece no ecrã), resolvemos escolher a Abraço como nossa beneficiária dos 0,5% de imposto liquidado segundo, em linguagem de legalês (onde é que eu já ouvi isto...), o artigo 34º, nº 6??, 32º, nº 4??, 36º, nº 2?? do CIRS. Qualquer coisa assim que agora também não vou ver porque esta porcaria pode bloquear novamente. Andam por aí a correr uns mails a dizer para escolhermos a AMI e como eu sou do contra e já sei que graças a isto, - quase - toda a gente vai escolher a AMI, resolvi virar-me para outro lado.

E agora venha de lá o reembolso. Como entregámos muito cedo (by the way, o prazo foi alargado para 8 de Abril), espero também receber cedo! Dá sempre jeito para as férias de Verão. Vá, bloqueia lá agora para eu te mandar pela janela!

2.3.04

Primavera

A Primavera já chegou. Sim, no calendário pode ser só a 21 de Março mas para mim já chegou. E como é que eu sei? Porque a minha rua, no meio do pinhal, já começou a acordar coberta de pólen. É um bocado chato, passar a vida a limpar a varanda e todos os dias encontrar um carro preto... completamente amarelo! Mas por outro lado é sinal que vem aí o calor, os dias grandes, acordar mais tarde porque há menos roupa para vestir e é mais fácil saltar da cama nos dias quentes que nos dias frios, a praia, as noites amenas na esplanada e tudo o mais que se conseguirem lembrar. São 18h30 e ainda vejo raios de sol. Viva a Primavera!

1.3.04

Feels like flying

Ontem fiz uma coisa que já não fazia há muito tempo. Andei de patins! Gosto tanto de andar de patins! Não atino é muito com aquela coisa das 4 rodas seguidas. Tenho saudades das minhas velhas botas da patinagem, 2 rodas à frente, 2 rodas atrás, travões nos dois pés, à frente. (Nota mental: comprar atacadores para substituir os que apodreçeram e poder utilizar as botas brancas outra vez).

Os meus patins em linha têm só travão no patim direito e ainda por cima é atrás. É um bocado desconcertante e acho que nunca o usei. Lembro-me lá de travar com o calcanhar. Estava tão habituada a travar à frente que o travão do patim direito das minhas botas está completamente gasto.

Não consigo andar de marcha-atrás. E eu que fazia aquilo tão bem com os outros. Ou sou eu que estou perra ou patins em linha não são compatíveis com andar para trás. Quase que gostava mais de andar para trás que para a frente. Era tão giro. Mas já foi há muito tempo. O piso de ontem era demasiado irregular e onde estava bonzinho havia carros. Pensei em pôr uma daquelas faixas da polícia a todo o comprimento da minha rua para poder patinar ali à vontade mas acho que os vizinhos não iam nisso.

No Pavilhão do Atlético de Queluz era uma delícia patinar, atingiamos velocidades que só vendo, tudo tão lisinho que até dava gosto, treinávamos exactamente no mesmo sítio onde as vigas do Queluz jogavam Basquete. Bons velhos tempos. Se eu tivesse maneira disso, agora punha aqui uma foto de moi même em cima de uns patins, só para ilustrar. O antes: 13 anos, nem sequer 50kgs, patins bota da patinagem e o depois, 31 anos, recuso-me-a-olhar-para-a-balança, patins em linha.

Para quem nunca experimentou, patinar dá-nos uma sensação de voar mas com os pés no chão. Não digo que é o desporto que mais nos dá a sensação de voar porque certamente que a asa delta dá mais, apesar de eu nunca ter experimentado nem tencionar fazé-lo. Mas mantendo os pés no chão é certamente o desporto que mais nos dá a sensação de voar. E é voar pelos próprios meios com nada mais que umas rodas atreladas aos pés.

Ando com imensa vontade de experimentar a pista de gelo que está montada em Lisboa. Mas primeiro vou praticar. Pelo menos para evitar fazer figuras muito tristes e cair muito! Nunca fui muito de cair, acho que mesmo nos períodos em que estou anos sem calçar uns patins quando os volto a calçar ainda não perdi o equilíbrio mas sempre me fez muita confusão imaginar como é que se patina em cima de uma lâmina! Sim, porque aquilo nada mais é do que uma lâmina. Mas se toda a gente consegue eu também hei-de conseguir. Vou é praticar mais um bocadinho para depois aproveitar melhor o tempo que lá estiver. E de preferência estar mais em forma. Parecendo que não, aquilo cansa. Os minutos que patinei ontem deixaram-me as pernas "moídas" mas muita muita vontade de continuar a voar!

O Tio Óscar

O que vou escrever, para a maioria das pessoas, é considerado uma heresia mas eu vou escrever à mesma. Não tenho pachorra absolutamente nenhuma para o Senhor dos Anéis. Nunca vi nenhum nem tenho vontade de ver, bastam-me os bocados que já apanhei por acaso lá em casa. Acho que deve ser uma seca monumental. Passar 3 horas sentada numa cadeira a ver gnomos e duendes atrás de um anel que só encontram 9 horas depois, aparentemente com muito esforço, não faz parte da minha ideia de entretenimento. 11 Óscars dizem eles. Pois, era mau se não ganhasse não é? Depois de tanta propaganda tinham de ser premiados. Não acho que tenha sido o filme em particular, acho que foi mais a Trilogia mesmo, e como já estamos no 3º e supostamente já acabou, desta vez tinham mesmo de levar um Tio Óscar para casa. Mas filme do ano? Give me a break!

Mas este ano não atino muito com os premiados mesmo. Já lá vai o tempo em que ficava acordada a noite toda a ver a transmissão e vibrava com aquilo como se fosse a melhor noite do ano. Pudera, no dia seguinte podia ficar na cama a dormir em vez de acordar às 7h30 da manhã. Mas agora já não é a mesma coisa. Ainda se tivesse a certeza que conseguia ouvir as piadas do Billy Crystal sem interrupções e traduções idiotas...

Este fim-de-semana fui ver outro oscarizado de 2004 (Melhor argumento original), Lost in Translation. Que o Bill Murray é um excelente actor já todos sabíamos, que também cantava é que nem por isso. E até nem canta mal, eu pelo menos gostei. Achei foi que o filme só tinha 2 velocidades, parado e paradinho. Abri a boca umas 10 vezes, talvez não estivesse com o melhor espírito para a coisa, devia mesmo ter optado pelo Along came Polly, de certeza que já não me dava sono. E fiquei mais uma vez com a certeza que a cultura japonesa não me atrai nem um bocadinho e que jamais seria capaz de ficar um dia sozinha em Tóquio quanto mais uma semana. Não desgostei do filme, até gostei, mas também não acho que seja nenhuma Brastemp!

E para a posteridade bloggueriana aqui fica:

ACTOR IN A LEADING ROLE - Sean Penn - MYSTIC RIVER
ACTOR IN A SUPPORTING ROLE - Tim Robbins - MYSTIC RIVER
ACTRESS IN A LEADING ROLE - Charlize Theron - MONSTER
ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE - Renée Zellweger - COLD MOUNTAIN
ANIMATED FEATURE FILM - FINDING NEMO

DIRECTING - Peter Jackson
ART DIRECTION
COSTUME DESIGN
FILM EDITING
MAKEUP
MUSIC (SCORE)
MUSIC (SONG) - "Into the West" - Music and Lyric by Fran Walsh and Howard Shore and Annie Lennox
BEST PICTURE - Barrie M. Osborne, Peter Jackson and Fran Walsh
SOUND MIXING
VISUAL EFFECTS
WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)
THE LORD OF THE RINGS: THE RETURN OF THE KING

CINEMATOGRAPHY
SOUND EDITING
MASTER AND COMMANDER: THE FAR SIDE OF THE WORLD

DOCUMENTARY FEATURE - THE FOG OF WAR
DOCUMENTARY SHORT SUBJECT - CHERNOBYL HEART
FOREIGN LANGUAGE FILM - THE BARBARIAN INVASIONS - Canada
HONORARY AWARD - Blake Edwards
SHORT FILM (ANIMATED) - HARVIE KRUMPET
SHORT FILM (LIVE ACTION) - TWO SOLDIERS
WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY) - LOST IN TRANSLATION - Written by Sofia Coppola

Cascoes

Assim mesmo. Na montra de uma loja na R. dos Pescadores na Costa da Caparica. Primeiro não percebi o que era. Depois li Cascões, assim mesmo, como se fosse o plural do amigo da Mónica que não gosta de tomar banho. Depois pensei que não podia ser. Mas que raio de coisa era aquela. Li outra vez e outra, depois tentei perceber o que estava por baixo do papel onde estava escrito assim tal e qual, Cascoes. E foi então que percebi o que era. E era nada mais nada menos que Cachecóis escrito de outra forma. Cachecóis. Cascoes. É parecido. Quem assassina o Português desta forma devia ser multado. E mais nada.