26.2.04

Deixa-me rir

Não gosto de política mas fui ver uma peça que não fala de outra coisa. Claro que era uma comédia. Claro que esta é a única maneira de conseguir aguentar sentada 3 horas no desconforto do Villaret (apesar da música dos Xutos). Gostei muito. Ri-me muito. Não querendo ser confundida com uma puritana chata que não sou, acho que os palavrões gratuitos eram por vezes dispensáveis. Não acho piada nenhuma às comédias feitas exclusivamente à base de asneiras que fazem vibrar as audiências juvenis. O filme pode ser a maior trampa deste mundo e arredores mas se o actor- nulidade disser várias vezes seguidas “the F word”, é o delírio total, o público vai às lágrimas de tanto rir.

Mas também não é, felizmente, o caso. Tirando a Margarida Marinho que não sei porquê não me convence muito, gostei dos demais actores. Não estou habituada a ver o Virgílio Castelo a fazer papéis de parvinho mas a verdade é que se sai muito bem com o seu “Óscag Bgito”. E o DB, pois, por motivos óbvios, não fosse um fiel imitador de vozes alheias, conseguiu arrancar gargalhadas ao público.

Numa altura em que só se ouve falar de falta de apoios ao teatro e que ninguém vai ao teatro e as salas estão vazias e etc e tal, talvez fosse de reflectir um bocadinho porque é que o Villaret, onde tenho assistido às representações mais hilariantes dos últimos anos, está praticamente sempre esgotado. Terá alguma coisa a ver com a qualidade das peças e dos actores que por lá passam? Só tem a ver! Se a dupla António Feio / José Pedro Gomes , por vezes acompanhados por outros excelentes actores enchem salas, que tal se os velhos do Restelo que se queixam que não têm público, lhes seguissem o exemplo e deixassem de fazer coisas chatas e intragáveis que adormecem qualquer um? Talvez as pessoas voltassem ao teatro. Talvez, quem sabe...

Porque é que és do Porto?

Vá, perguntem-me. Façam lá a pergunta sacramental que me tem acompanhado ao longo de quase um quarto de século e a que não tenho grande resposta a dar a não ser "Porque sim". Porque ser de um clube é simplesmente "ser". Não se escolhe, acontece. Eu não acordei um dia a pensar "Hum, deixa-me cá ver, olha, vou ser do Porto porque eu até gosto de azul". O Futre teve muita culpa mas de resto, se ele tivesse sido o factor mais influente, depois disso eu teria sido do Atlético Madrid, do Reggiana, do West Ham, de sei lá mais o quê e até do Benfica... argh, não, definitivamente, o Futre não foi o elo mais forte neste paixão.

Foi mesmo o clube. O mesmo que me tem dado mais alegrias que tristezas e que enche de orgulho portistas e até alguns não portistas. O mesmo clube que ontem reduziu o poderoso Manchester United a um clubezeco de bairro a jogar para o empate. Na 2ª mão podemos até não ganhar. Até podemos não passar. Como diz o Mourinho, Portugal é demasiado pequeno e pouco importante na UEFA para conseguir chegar longe muitas vezes e se o Porto já chegou no ano passado na Taça UEFA, este ano os senhores querem certamente ver outros clubes a ganhar a Champions League, uns alemães, uns franceses, uns espanhóis, uns italianos, qualquer coisa mais central.

Mas o orgulho de ver a nossa equipa bater-se de igual para igual e até a superiorizar-se aos melhores da Europa é algo que não se esquece nunca. E vai ficar não só nas estatísticas mas na minha memória. Como os 4 à Lazio que nenhuma televisão portuguesa teve a decência de mostrar. Ontem à noite o jogo até deu em 2 televisões nacionais ao mesmo tempo. Vá lá perceber-se porquê.

Há coisas que não se explicam, só se sentem. Porque é que sou do Porto? Porque é o maioooooooooooooooooooor!

23.2.04

Valeu a pena...

...vir trabalhar para ver os sorrisos dos pequenotes. E ouvi-los balbuciar palavras e fazer birras e brincarem e esconderem-se e correrem e comerem e tudo e tudo!

20.2.04

Odeio o Carnaval!!

Odeio o Carnaval. Odeio andar na rua com medo de levar com um ovo podre, uma bisnagada de água, um saco de farinha, um balão rebentado, uma bombinha de mau cheiro. Odeio, odeio, odeio.

Em Portugal, Carnaval é sinónimo de javardice, porcaria e medo, não de diversão, animação e máscaras originais. Não é sinónimo de samba nem de desfiles, é sinónimo de música pimba e meia dúzia de pindéricas demasiado despidas para esta altura do ano a fingirem que sabem dançar. Mas ainda ninguém informou aquelas almas que não estão no Brasil e que bambolearem a celulite em cima de um carro com pretensões a alegórico, vestidas de biquini, é profundamente ridículo para um país com uma temperatura de 10 graus em Fevereiro? Será assim tão difícil de perceber?

Que me desculpem os fãs do Carnaval, esse pessoal de Torres Vedras, de Loulé e mais uns quantos sítios que vibram com aquilo como se fosse a maior festa ao cimo da terra. Em Torres, a moda é mesmo os homens vestirem-se todos de mulher, quanto maiores forem os apêndices peitorais melhor, não consigo mesmo ver a piada da coisa mas eles lá se divertem assim e durante uns dias andam eufóricos como mais ninguém.

Tenho esperanças que, ao voltar do Brasil onde está agora, o meu irmão me possa explicar o significado do Carnaval. E porque é que no país irmão é tão importante ao ponto de se passar fome durante o ano para se poder pagar o fato com que se vai desfilar no sambódromo. Se ele entrar no espírito da coisa, pode ser que me consiga explicar o porquê da febre carnavalesca.

Em Portugal, nesta altura, só me apetece enfiar-me em casa e só sair quando tudo passar, quando tudo voltar ao normal, quando puder andar na rua sem olhar para trás por cima do ombro, quando me cruzar com putos de 15 anos sem receio de humilhações públicas com alimentos estragados. Infelizmente já não me posso dar a estes luxos. A malta trabalha, tem mesmo de sair de casa e enfrentar o bicho papão. Ainda bem que, como diz o ditado, o Carnaval são só 3 dias. Pena não terem já acabado.

Carros e homens, homens e carros

Não percebo a pancada dos homens com os carros. Vibram com aquilo como se fosse a coisa mais importante do mundo. São só 4 rodas e um motor mas é como se fossem filhos predilectos. Se os carros são um prolongamento do pénis, então há uns que têm o dito cujo muito pequenino. Os fãs do Smart, por exemplo!

Mas não é só isso. Habitualmente sabem as marcas e os modelos todos de cor. Basta verem um ângulo do farol pelo canto do olho para saberem de que automóvel se trata. Sabem todas as versões e as cilindradas, os pormenores das jantes (esta é que me ultrapassa mesmo, o que é que interessa o raio do formato da jante???), a cor das costuras do volante!

Eu cá gosto do meu carro porque:
a) é muito confortável (não conheço mais nenhum assim);
b) é “giro”, ou melhor, esteticamente agradável para o meu gosto;
c) faz média de 6.2 mesmo atravessando a 25 de Abril 2 vezes por dia à hora de ponta (roam-se de inveja!);
d) tem um botão fantástico que, entre outras coisas, me diz quantos kms mais posso andar até ter de ir pôr gasolina (sim, eu sei que se chama computador de bordo).

E isso chega-me para escolher um carro. O resto é completamente acessório. Mas o que é que esta percebe de carros para se pôr aqui a dar palpites? Nada, não percebo mesmo nada. Só sei mudar lâmpadas, fusíveis, pneus e pôr gasolina, tudo sozinha! Até sei encher pneus! Nos saudosos tempos do meu R5 até via o óleo, o nível da bateria e punha água no radiador. Se não faço estas coisas mais vezes é porque não preciso e tenho quem faça por mim. Também não é ele que faz o jantar diariamente e passa a roupa a ferro pois não? Bem me parecia.

Também gosto muito de conduzir e acho que não me saio nada mal. Até consigo escrever a conduzir (present post included). Viver com alguém que anda a coleccionar catálogos das mais diversas marcas à procura da melhor relação preço/qualidade no carro ideal, e nos obriga a ver os pormenores do tablier ou... sim, das jantes, é que é mais complicado! Neste momento acho que já vamos na hipótese 4 no espaço de menos de um mês. Acho que está na altura de eu sugerir um sorteio, tipo, atirar os catálogos todos ao ar e o que cair de pé pode ser o próximo carro dele!

Estou a brincar, tadinho, ele até merece. A oficina do actual está a deixar-nos ambos com os cabelos em pé. E há dias ele até me fez o maior elogio que um homem pode fazer a uma mulher. A propósito de homens e mulheres condutores (mais uma para a Guerra dos Sexos), sai-se com esta pérola: A diferença entre os homens e as mulheres é que os homens quando fazem asneiras têm consciência que as estão a fazer e as mulheres não. Ao que eu respondi: Desculpa mas eu quando faço alguma asneira a conduzir sei perfeitamente que a estou a fazer. Oh mas tu não contas porque a conduzir, é como se fosses um homem.

E esta hein?

19.2.04

Guerra dos Sexos

A minha amiga acabou de iniciar uma nova versão da Guerra dos Sexos. Há poucos temas que despertem tantas paixões como este (ok, futebol, talvez, mas não estou a ver mais nada). Eu gosto de homens, mas às vezes era bem mais fácil viver com outra mulher. Porque uma mulher chega a casa e scanna rapidamente com o olhar aquilo que precisa de fazer para viver numa casa como deve ser. Não se senta no sofá nem vai ler o jornal. Começa a fazer o jantar, arruma a roupa que ficou espalhada, põe a máquina da roupa a lavar, arruma a loiça lavada da máquina e em praticamente uma hora tem tudo pronto. E isto tudo sem falar nas que têm filhos. Porque as mulheres conseguem fazer mais que uma coisa ao mesmo tempo. Se têm de fazer salada e cozer batatas, põem primeiro as batatas a cozer e só depois vão cortar o tomate! Não o contrário! A mim parece-me básico.

Eu gosto de homens e não, não tenho muitas razões de queixa porque o meu homem até é daqueles que ajudam imenso e há muita coisa que sabe mais do que eu (por exemplo, como cozer arroz sem ficar espapassado - se calhar também acabei de inventar uma palavra). Mas noutras coisas é total e indiscutivelmente, um homem (não, não é nada disso!) e ainda bem. Porque se não fosse assim não teria a menor graça. Sobre o que é que nós escreveriamos? Que curiosidades contaríamos deles nas nossas sessões de "A Esfregona e o Subúrbio"? (obrigada Rui mas continuo a preferir o Sex and the City!) Por isso, olha, ainda bem que são assim, por muito possessas que nos deixem com as suas - por vezes idiotas - dúvidas existenciais.

Mesmo a propósito acabaram de me enviar uma daquelas histórias abrasileiradas lamechas mas que na ocasião parece apropriada e que passo a transcrever. E como uns certos senhores disseram uma vez... I can't live with or without you...

Quando Deus fez a Mulher, ele estava no sexto dia de trabalho e a fazer horas extraordinárias!

Um anjo apareceu e disse, "Senhor, porque está gastando tanto tempo com esse projecto?"

E o Senhor respondeu: "Você já viu a carta de especificações técnicas dela? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico, tem mais de 200 partes móveis, todas interligadas, funcionam com coca-cola diet e restos de almoço, têm um colo que pode acolher quatro crianças de uma vez, têm um beijo que pode curar qualquer coisa desde um joelho arranhado até um coração
partido e ter dois pares de mãos."

O anjo ficou impressionado com as exigências:
-"Dois pares de mãos! Não tem jeito! E isso é só o modelo básico? Isso é demais para um só dia de trabalho. Deixe para terminar amanhã".

- "Mas eu não posso", protestou o Senhor. "Estou quase a terminar esta criação que está tão perto do meu coração. Ela até se cura a si mesma quando está doente, e é capaz de trabalhar 18 horas por dia!!"

O anjo aproximou-se e tocou a Mulher. "Mas você a fez tão frágil,Senhor..."

- "Ela é frágil, " concordou Deus, " mas eu também a fiz resistente. Você não tem ideia do que ela é capaz de suportar ou conquistar".

- "Ela será capaz de pensar? " Perguntou o anjo."

O Senhor respondeu: - "Não só será capaz de pensar, como de argumentar e negociar."

O anjo viu alguma coisa, e, estendendo a mão, tocou a face da Mulher.
- "Oh, parece que tem uma fuga neste modelo. Eu bem disse que você estava a tentar colocar demasiadas coisas nela."

-"Isso não é uma fuga", corrigiu o Senhor, " isso é uma lágrima!"

- "E para que serve?" perguntou o anjo.

E Deus disse:
- "A lágrima é a maneira de expressar sua alegria, tristeza, dor, desapontamento, amor, solidão, luto e orgulho."

O anjo estava impressionado. -" Você é um génio, Senhor! Pensou em tudo! A Mulher é realmente um ser impressionante!"

- "Sim! Mulheres têm forças que impressionam os homens. Elas suportam dificuldades e carregam fardos, mas mantêm a alegria, o amor e o contentamento. Elas sorriem quando querem gritar. Cantam quando querem chorar. Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas. Lutam
por aquilo que acreditam. Erguem-se contra a injustiça. Não aceitam "não" como resposta quando acreditam que há uma solução melhor. Privam-se para que a sua família possa ter. Acompanham uma amiga assustada ao médico. Amam incondicionalmente. Choram quando seus filhos se destacam e rejubilam quando seus amigos são premiados. Ficam felizes quando ouvem sobre
um nascimento ou um casamento. Os seus corações partem-se quando um amigo morre. Elas ficam de luto pela perda de um membro da família, no entanto são fortes. Quando se pensa que não têm mais força, ainda surgem com um abraço e um beijo que pode ajudar a curar um coração partido. Mulheres vêm em vários tamanhos, cores e formas. Elas vão conduzir carros, pilotar aviões, andar, correr ou mandar e-mails para mostrar o quanto elas se importam com as pessoas. Elas trazem alegria e esperança. Têm compaixão e ideais. Dão apoio moral aos seus amigos e familiares. Têm coisas vitais
a dizer e tudo a dar!"

Dedicado a TODAS AS MULHERES.
Para relembrá-las DO QUANTO SÃO ADMIRÁVEIS...

...porque, se há um defeito nas mulheres... é que tendem a esquecer-se delas mesmas.

18.2.04

Ele há coisas

Ele há coisas que não se conseguem explicar. Só se sentem.
Ir almoçar com o telemóvel atrás quando nunca se faz isso, precisamente no dia em que o nosso irmão desesperadamente em stress precisa de nós, dá que pensar. Claro que é uma coincidência, claro que peguei no telefone porque sim, porque às vezes pego, porque há uma remota hipótese dele tocar. Mas a maioria das vezes fica em cima da secretária. E hoje por acaso não ficou. Não que eu estivesse à espera de algum telefonema à hora de almoço, não que seja hábito alguém me telefonar enquanto almoço, não porque fosse ligar a alguém, simplesmente porque sim. Hoje fui almoçar com o telemóvel atrás, sem pensar nisso e ainda bem que o fiz.

Yo no creo en brujas pero que las hay... las hay.

Boa viagem!!!

17.2.04

Tudo isto é triste, tudo isto é fado

Há pessoas que me tiram do sério. E esta é uma delas. Com as suas reacções, com as suas explosões, com as suas "estupidezes" é muito forte? É o que me ocorre. Também há dias piores em que por muito que esforce as células cinzentas, não me consigo nem abstrair nem deixar de ouvir. Infelizmente, pelo menos neste caso, não tenho uma daquelas capacidades de me abstrair de tudo o que me rodeia quando estou concentrada noutra coisa. Como quase todas as mulheres consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo, ainda que não o deseje. Não deixo de ouvir tudo o que se passa à minha volta, sou mais do género antenas sempre em pé e bem alerta, mas por uma boa causa...

Às vezes invejo as pessoas que conseguem ficar de tal modo absortas que nada do que é dito ou feito mesmo ao lado, as afecta. Eu não sou assim. A mim afecta-me. Irrita-me solenemente. Quase que me provoca também uma reacção menos pensada. Mas o que é que eu tenho a ver com isto? Porque é que eu tenho de estar a ouvir isto? Que mal fiz eu ao mundo para ser literalmente obrigada a estar a par das desgraças dos outros, sem querer? É que não quero mesmo. Não, neste caso, nem a cusquice fala mais alto. Preferia mesmo ser poupada. Não é nada comigo mas até me envergonha fazer parte sem realmente fazer, de um esquema assim. Eu que faço tudo para passar despercebida e curto mesmo é o meu low profile, fico realmente em stress por estar perto de tal criatura nestes momentos de crua e dura estupidez. E só me apetece torcer-lhe o pescoço, mandá-la calar, gritar-lhe aos ouvidos "ó minha idiota, vai fazer peixeirada na rua, este não é o local certo para lavagens de roupa suja e esquemas de gente maluca. Há quem esteja a tentar trabalhar aqui, certo???"

Mas fico-me pelos pensamentos. A criatura nem sempre é assim (ultimamente é bastante assim!) mas tem os seus defeitos e virtudes como toda a gente (ou mais defeitos e menos virtudes mas isso é outra história e quem não tem nenhum que atire a primeira pedra). Mas dizer mal de pessoas que ninguém conhece (e que provavelmente até nem lhe fizeram mal nenhum mas isso já sou eu a especular) e meter crianças ao barulho e cenas de faca e alguidar, e mentiras descabidas que toda a gente topa que são mentiras, e telefonemas e telefonemas, e telefonemas, e telefonemas, e telefonemas... (e fico por aqui apenas porque estou farta de escrever a palavra telefonemas).

Faz um favor a ti própria, dá-te ao respeito, não entres em cambalachos, vive a tua vida, não precisas de ninguém que só te atrasa e puxa para baixo, vais acabar por ficar no fundo do poço como aqueles que tentas atabalhadoamente ajudar, quem sabe. Porquê? Não faço ideia, mistérios. O amor tem razões que a própria razão desconhece? Já nem sei se é esse o caso. Na verdade sei muito pouco e mesmo assim já sei bem mais do que queria. Só sei que isto não é uma feira e ameaças de morte soam muito mal ditas em voz alta para 40 pessoas ouvirem. Para mim essa foi a gota de água.

Já tinhas idade para ter juízo. Mas pelo pouco que conheço de ti, e pelo andar da carruagem, acho que vais ser eternamente criança. E eternamente fazer asneiras. E a certa altura, já ninguém te vai conseguir ajudar. Onde quer que andes metida, sai enquanto é tempo. Se esse é o teu fado, é um fado muito triste.

Nemo

Ontem procurei e encontrei o Nemo! Apesar de já serem quase 11 horas quando começámos a ver o filme, consegui a proeza inigualável de não me deixar dormir no sofá. E adorei o filme. E ri-me até me doer os maxilares. Foi lindo. E apesar da versão pirata que vi ser em brasileirés ou talvez por isso mesmo, até me ficou a doer a barriga e tudo! Ou em baleés, em certas alturas. O que é certo é que vale mesmo a pena procurar o Nemo e rir, rir, rir até não poder mais com a amnésica Dory e o circunspecto Marlin.

Confesso que tenho algumas reticências em ir ver filmes de desenhos animados ao cinema. Parece-me sempre que é dinheiro mal gasto (tirando o Shrek que fui ver 2 vezes e achei hilariante não só nessas 2 como nas outras todas que já vi em DVD) que podia ser aplicado em filmes a sério, de gente grande. E depois é raro conseguir apanhar esses filmes na versão original. E se formos ver na versão portuguesa, corremos o risco de ter 50 criancinhas aos berros nos nossos ouvidos, não percebermos nada do filme, e sairmos da sala com uma dor de cabeça monumental.

Mas ver no sossego do lar é outra coisa e convenhamos, não é o tipo de filme que perde muito por ser visto num ecrã mais pequeno, por isso muito sinceramente aconselho, vão à Procura do Nemo e riam-se muito!

16.2.04

Dia De S. Valentim

O que é que o dia dos Namorados tem de tão especial para toda a gente achar que tem de fazer alguma coisa diferente nesse dia? Mesmo quem quer fugir à regra dá por si arrastado no meio do consumismo dos corações vermelhos nas montras das lojas, à la americana. Convenhamos, o apelo é irresistível, fica tudo tão bonito, tão apetecível, tão amoroso. Este ano quase, quase que resistia à tentação mas umas quantas velinhas em forma de coração falaram mais alto. Mesmo assim combinámos que não íamos trocar prendas inúteis tipo ursos de peluche agarrados a corações enormes (don't get me wrong, isso funcionaria lindamente se eu tivesse menos 10 anos ou apenas uma casa com tamanho para pôr todos os meus bonecos) e aquela foi apenas a prenda dos dois para os dois (ou de mim para os dois porque ele só soube depois de eu a ter comprado, não interessa). Mas como não estivemos em casa à noite, acabámos por nem as acender. Fica para outro dia. Afinal de contas, felizmente continuamos a namorar em muitos outros dias que não o 14 de Fevereiro.

O dia propriamente dito, esse esteve felizmente cheio de sol, passeámos na praia (ainda achas que saímos de casa tarde demais?), petiscámos por ali, mais tarde jantámos uma espetada maravilhosa no Madeirense (e acabei de ficar com água na boca a pensar naquela carninha bem temperada e no bolo do caco quente com manteiga de alho derretida, ainda por cima almocei só sopa!!) perto do Teatro onde acabámos a noite a ver uma peça um tanto ou quanto estranha chamada "O Bobo e a sua mulher esta noite na Pancomédia". Se alguém souber o significado da menina que distribuía Cd's, é favor informar-me. Para o ano há mais S. Valentim.

Água

O bem mais precioso.
O elemento essencial para a sobrevivência.
Em 1 hora, 1 litro do líquido mencionado.
Já tenho sapos no estômago.

13.2.04

Só vos digo...

que há coisas que doem como o caraças. Mas já estou melhor. Foi só um desabafo!

12.2.04

Cantinho à beira-mar plantado

Está um sol incrível lá fora. O meu WeatherCast marca 18 graus. É Fevereiro e já cheira a Primavera. Adoro este país!

11.2.04

Pronto, menti

E ainda vim cá hoje. Há bocado tive uma branca. À porta do trabalho não me lembrava onde tinha estacionado. Nem uma única ideia, virei à direita quando devia ter virado à esquerda. Bloqueio total. O que vale é que as hipóteses eram limitadas e apesar da vergonha de ter voltado para trás, lá descobri o carro. Serão os primeiros sinais de uma esclerose precoce? Ou apenas sinal de cansaço e de que amanhã tenho de me vir embora mais cedo?

No caminho vim a ouvir o relato do jogo do meu FCP com o Rio Ave para a Taça. Vandinho, Niquinha (será assim??), Miguelito, Idalécio, Ronny... são apenas alguns dos jogadores da equipa de Vila do Conde. Porque é que o mundo do futebol é tão fértil em nomes estranhos? Serão todos brasileiros? Desde os tempos do Marlon Brandão que a minha vida nunca mais foi a mesma. Foi quando percebi que no Brasil se pode pôr mesmo todos os nomes que se quiser (na grande maioria devem ter sido criados pelos respectivos pais no meio de uma febre de 40 graus). E jogam de lilás? Terei ouvido bem? Lilás? How gayish.

Pelo meio ainda tive de esticar o dedo a um anormal que conduzia uma carrinha a dizer carpintaria não sei o quê, aos ziguezagues em cima da ponte. Se há coisa que eu detesto são os anormais que se jogam para cima de nós na estrada e quando buzinamos para lhes chamarmos a atenção para o facto de "Hello, estás quase a bater-me dahhhhhh", ainda abrem o vidro e gritam como se a culpa fosse nossa. Que idiota. Dá-me cá uma raiva que por momentos desejei estar nos carrinhos de choque para me lançar furiosamente contra o estúpido.

By the way, o Porto ganhou. Sem Vítor, sem Deco, sem o Bicho, com alguns juniores e outros seniores que não costumam jogar. Contra uma excelente equipa, segundo os comentadores da Antena 1, que fez tudo para empatar. Não conseguiram, azar o deles. (PS. Perguntinha simples: nestes quartos de final da taça, com quem é que jogou a melhor equipa do país, Sr. Pedro-preciso-de-um-comprimido-para deixar-de-dizer-parvoíces-Barbosa? Com ninguém? O quê? Como? Já tinham sido eliminados? Ai sim? Pelo V. Setúbal? Em Alvalade? A sério? Então mas não eram a melhor equipa do país? Quem sabe até do mundo? Ahhhhh, pois, bem me parecia).

Lilás???

Considerações filosóficas ou talvez não

Nunca tinha feito isto antes mas agora mesmo acabei de navegar por uma série de blogs do ciberespaço português e gostei imenso. Há pessoal com muita piada, muita imaginação, muito jeito. Não fosse o facto de, eventualmente, ter de ir para casa hoje (e porque estou momentaneamente solteira estou a deixar-me ficar), era capaz de estar aqui a noite toda a saltar de blog em blog. Posso sempre continuar a fazé-lo em casa mas a roupa amontoada em cima da tábua e a cozinha de pântanas (gosto muito desta palavra) não me deixam muitas soluções.

Além de ter gostado muito de muito do que li, fiquei contente por saber que há muita gente interessante por aí, ao contrário do que seria de supor. Numa época em que a crise, o desemprego, a desmotivação (...), a desconfiança imperam neste cantinho à beira-mar plantado, alguns textos são verdadeiras pérolas de criatividade. Num país em que se dá pontapés na gramática a torto e a direito (basta abrir um jornal para encontrar erros de fazer arrepiar os pélos todos ao Tony Ramos), congratulo-me por constatar que há muita gente que escreve mesmo muitíssimo bem. De todos os blogs onde naveguei, não encontrei um único com calinadas na língua mãe, ao contrário do que se encontra frequentemente por aí (basta ler as notas de rodapé das televisões ou as mensagens escritas que os espectadores fazem o desfavor de enviar para os canais). E felizmente também não me cruzei com nenhum em que fossem utilizados os k e os x, a nova moda do Português escrito à la sms.

Fiquei mesmo contente. Um dia destes volto a passear por aí. Espero encontrar blogs tão interessantes como da primeira vez (mas nunca há nenhuma como a primeira!). E agora vou mas é para casa. Sleep tight, don't let the bed bugs bite.

Saudade

Essa palavra tão portuguesa.
Ainda não te foste embora e já estou com saudades tuas. Eu sei que são só 3 dias e que a trabalhar passa a correr. O pior é à noite, não te tenho a aquecer a cama! Sim, porque de resto, não me interpretes mal mas eu até gosto de ter umas horinhas só para mim. Posso ter a televisão a noite toda na Sic Mulher sem ter de olhar para o teu ar amuado (excepto quando dá o Sex and the City e, confessa lá, tu até gostas de ver muitas coisas que dão na SIC Gaja).
Volta depressa e principalmente, volta bem.

10.2.04

To be or not to be

Fui para casa a pensar na "motivação". O que é que motiva alguém? Tem de existir sempre something to wish for ou melhor, to long for. Desculpem mas isto não tem tradução em Português. Quando era miúda, pensava sempre que a vida só tinha sentido se tivesse alguma coisa to long for, ou seja, um acontecimento, qualquer coisa, que me permitisse passar o resto dos dias a desejar que aquele dia chegasse porque depois aquele dia especial iria chegar e ia ser tudo bom. Hoje em dia continuo com o mesmo pensamento. Nem que seja as férias ou os fins-de-semana, ou um jantar combinado com alguém, ou um aniversário, tem de haver sempre alguma coisa que me deixa "à espera de".

Durante toda a vida, temos de ter sempre um objectivo, uma motivação. Qual é que é a minha? Ainda não a descobri. Tenho inveja, por muito feio que seja, das pessoas que sabem exactamente o que querem da vida. No plano racional eu não sei o que quero da minha (a história dos Ferraris e de Bora Bora é obviamente irracional, no mundo da fantasia) nem faço ideia daquilo que vou estar a fazer daqui a 10 anos. Nem sei o que vou estar a fazer nem faço ideia daquilo que gostaria de estar a fazer nessa vida daqui a 10 anos. Há quem conjugue as duas. Saiba o que quer e tenha a certeza que é isso que vai acontecer. Ora se eu não sei, como é que vou fazer por isso?

Só sei que não me dá prazer nenhum trabalhar sem motivação. E a motivação pode ser apenas uma palmadinha nas costas de vez em quando (onde é que eu já ouvi isto), ou um simples "bom trabalho". Um reconhecimento, no fundo. É o suficiente para a coisa funcionar. Sei o que não quero ou aquilo que não ambiciono. Não quero ser workaholic. Não quero descurar a família em privilégio do trabalho. Não quero chegar a directora de coisa nenhuma. Não quero a responsabilidade, as preocupações e os cabelos brancos que isso acarreta. Quero ser feliz mas isso já está muito batido, que falta de originalidade. But that is the question.

Leva-me...

... a patinar no gelo, leva, leva, leva lá!! Leva lá!

9.2.04

Money talks

Se me perguntarem se me considero materialista, respondo de caras que não. Mas a verdade é que há uma série de coisas que me fazem falta, ou melhor, que me davam jeito. Não é que não seja feliz sem elas, claro que sou, mas acho que seria ainda mais feliz com elas.

Ok, o dinheiro não traz felicidade. Mas ajuda muito. E compra muitos momentos de felicidade, ainda que, passe o pleonasmo, momentâneos. Uma viagem de sonho a Bora Bora, um casarão com piscina, um Ferrari novinho em folha :-)

Mas não compra saúde dirão vocês. Mentira! Compra sim. Compra medicamentos, paga operações, permite fazer tratamentos complicados em Cuba... se o dinheiro não comprasse saúde, porque é que a TVI passaria metade do seu tempo a mostrar criancinhas de Freixo de Espada-à-Cinta com doenças raras e pais chorosos e desempregados, sem condições para pagar aos seus filhos o tratamento de que necessitam para sobreviver naquela vida de miséria que levam e provavelmente vão levar sempre? Porque é que a televisão não faz reportagens sobre a família Teles da Cunha, moradora numa vivenda no Restelo ou num apartamento na Lapa e que passa férias na neve e nas Seychelles? Porquê? Têm menos doenças esquisitas e raras? Talvez não. Não precisam é de mendigar em frente das Câmaras para as poder curar.

Ainda acham que o dinheiro não traz saúde? Em algumas situações até pode trazer. E não ter de contar os trocos ao fim do mês? A sensação deve ser fantástica. Pura e simplesmente não ter de fazer contas de todo. Para quem, como eu, não morre de amores por números, esta seria uma das vantagens mais apetecíveis. Gastar como se não houvesse amanhã, sem pensar se é muito ou pouco e se no fim do mês ainda vai chegar para distribuir por aqueles mendigos que gostamos sempre de ajudar. A Sra. D. Electricidade, A Sra. D. Água, o Sr. Crédito Habitação, a Sra. D. Prestação do Carro, a Sra. D. PT já para não falar daqueles senhores todos do supermercado e afins. Sim, podemos não fazer mais nada mas comer temos sempre de comer.

Muito muito espaço em casa para espalhar as minhas tralhas todas. Uma sala gigante com um ecrã de fazer inveja a uns quantos cinemas, estantes cheias de livros e DVD's. Armários cheios de roupa já com os conjuntos todos prontos a vestir para não ter de pensar de manhã. Ténis de todas as cores, botas de todos os feitios. Viajar o ano inteiro, trabalhar só por prazer e naquilo que realmente dá gozo. Trocar de carro sempre que chegasse a altura da revisão (sem pensar que está a caminho dos 4 anos e que os problemas devem estar a aparecer aí à porta). Piscina interior e exterior, esplanada, jardim. Um ginásio na cave (pronto, ok, podia ser que assim me desse para isso, afinal teria tempo e vida para tudo). Viajar viajar viajar (já mencionei viajar?) conhecer o mundo inteiro, fazer inveja a todas as tias com bronzeados de solário com um bronzeado fantástico e verdadeiro todo o ano. Ter um monte de filhos (ok, 2 ou 3!) e ter todo o tempo do mundo para eles. E empregadas para os aturar quando não estivesse para aí virada. Encher o meu amor de presentes... e depois acordei. Não, para falar a verdade é mais... e depois cheguei (sim, foi mais uma escrita a conduzir).

E agora, se me dão licença, vou jogar no totoloto.

Sting

Já decidi. Se tiver que escolher um dia do Rock in Lisboa, escolho o dia do concerto do Sting. Os Xutos que me perdoem mas no meu histórico só conto 2 concertos do Sting vs. umas boas dúzias de concertos dos Xutos. Ainda tive esperança que marcassem os dois para o mesmo dia, e aí sim, seria um dia em cheio, mas como não vai ser possível, Sting it is!

5.2.04

A Família

Estávamos os dois na cozinha. Eu a fazer o jantar, ele a preparar as coisas para pôr a mesa. Olhei para o tacho e comentei a propósito da farta quantidade “isto parece comida para uma casa de família”. Ao que ele respondeu “mas nós somos uma família”. Este simples comentário iluminou o meu rosto, o meu sorriso, a minha noite, a minha vida. Até agora nunca tinha pensado nisso mas sim, nós somos uma família. Uma família de 2, é certo, mas uma família. Porque, até agora, 2 anos depois de estar a viver com ele e 4 meses depois de casarmos, se alguém me perguntasse quem era a minha família eu continuava a dizer, então, isso é óbvio, o meu pai, a minha mãe, o meu irmão e o meu avó. E o cão, o nosso irmão mais novo (neste momento, irmão mais velho porque já vai nos 98 em idade de gente). E ele, my significant other, ficava meio perdido não sei bem onde... família? Mas essa é aquela que não se escolhe não é? E a ele eu “escolhi”. E escolheria novamente hoje, porque aquele simples comentário fez-me perceber algo do qual ainda não me tinha dado conta. E deixou-me feliz por me ter apercebido que desde há algum tempo, tenho uma nova família, a minha propriamente dita, e por isso, e por me ter feito ver isso, amo-o ainda mais.

3.2.04

Parabéns Best Rock

Era uma vez os três
Os famosos moscãoteiros
Do pequeno Dartacão
São bons companheiros

Os melhores amigos são
Os três moscãoteiros
Quando em aventuras vão
São sempre os primeiros

Quando eles vão combater
Já não há rival algum
O seu lema é um por todos
E todos por um

O amor da Julieta
É o Dartacão
E ela é a predilecta
Do seu Coração

Dartacão, Dartacão
Correndo grandes perigos
Dartacão, Dartacão
Persegues os bandidos
Dartacão, Dartacão
E os três moscãoteiros
Longe vão chegar...

Dartacão, Dartacão
És tu e os teus amigos
Dartacão, Dartacão
Em jogos divertidos
Dartacão, Dartacão
Vocês são moscãoteiros
A lutar...

2.2.04

I rest my case

Ser portista em Lisboa é muito difícil. Levamos com toda a gente em cima como se tivéssemos culpa do que dizem e fazem os jogadores ou treinadores ou dirigentes do clube que o nosso coração decidiu adoptar como seu. Como se os apoiássemos a 100%, como se fossem da nossa família e tivéssemos obrigação de os defender ou fóssemos saco de pancada para os outros descarregarem as frustrações deles porque o nosso clube por acaso ganha (quase) sempre e o deles não.

É bem mais difícil do que ser de outro clube qualquer. Porque se os jogadores ou treinadores ou dirigentes de outro clube qualquer dizem ou fazem alguma coisa, ou perdem ou ganham, os rivais têm muita gente com quem embirrar. Se se é portista em Lisboa, há 99% de chances de embirrarem connosco. Assim de repente os dedos das mãos chegam para contar os amigos e conhecidos portistas em Lisboa. E certamente têm histórias parecidas para contar.

Claro que também dá muito mais gozo nas vitórias e nos momentos de glória. E felizmente têm sido muitos, muitos mais do que os que outra pessoa da minha idade, adepta de outro clube, possa já ter comemorado. Eu já os comemorei todos. Campeonatos (muitos!), Taças (muitas), Supertaças (muitas), Campeonato Europeu, Supertaça Europeia, Supertaça Intercontinental, Taça UEFA... tudo isto nos últimos 20 anos da minha vida. Perdoem-me se me estiver a esquecer de algum mas são tantos que a minha pobre memória não chega para tudo. Mais alguém pode dizer o mesmo? Hum... I'm waiting... não? Pensem, pensem... hum, já estou a cheirar o fumo. Ah, pois bem me parecia, é muita areia para os vossos camiõezinhos minúsculos, podres e cheios de porcaria.

É verdade, como o Mourinho, às vezes também me passo. Não devia, mas passo-me, sou humana e dizerem mal do Porto mexe mesmo com as minhas entranhas. Mesmo que eu racionalmente até possa concordar com o que estão a dizer, irrita-me que o façam. Eu tenho todos e mais alguns motivos para gozar com os meus "rivais" e não o faço, abstenho-me de abrir a boca mas depois se o Pinto da Costa espirra, pimba, lá vem toda a gente chatear-me a cabeça e, claro, depois é impossível ficar calada. É tudo uma questão de aritmética. Nós temos mais pontos e isso é tão fácil de ver. No final das contas é o que interessa. E enquanto assim for, vou continuar a ouvir bocas e ofensas e sei lá mais o quê como se a culpa fosse minha. É o preço a pagar por se ser do melhor.

Nem de propósito, enquanto escrevia isto, recebi uns e-mails (vai em 4 mas continuam a cair). Alguém que nunca me escreveu um só e-mail na vida, alguém que eu nem sequer sabia que tinha o meu e-mail, acabou de me enviar mais umas boquinhas e umas anedotas daquelas que toda a gente adora enviar-me e por isso eu já conheço quase todas (é verdade, lamento desapontar-te!). Todas dizem mal do FCP, pois claro. Como já aqui escrevi uma vez (e não retiro nem uma vírgula)... enquanto eu continuar a receber coisas destas, enquanto me continuarem a chatear a molécula, é sinal de que o Porto continua a GANHAR. E isso para mim é bom sinal.

I rest my case.