30.1.04

O silêncio

Enquanto observa o amigo pela última vez, a desvanecer-se debaixo de terra misturada com neve, Tomo Sokota mantém-se sozinho entre a multidão. Não procura o consolo de um colega, como Armando, que abrigara o seu choro contínuo, durante a cerimónia fúnebre, debaixo do enorme braço esquerdo de Bossio. Não abre caminho entre a população, com uns sussurrantes «desculpe», para chegar mais perto do calor da sua equipa e da fria imagem do caixão, como Nuno Gomes. Não soluça convulsivamente, de mãos nos bolsos da gabardina e olhos pregados na brancura do chão, como Ricardo Rocha. Não insiste em bater com a biqueira dos sapatos numa parede, de queixo encostado ao peito, como Tiago. Não segura as lágrimas que já não caem, com o polegar e o indicador em pinça, engolindo em seco, como Fernando Aguiar.

Não. Tomo Sokota, o primeiro a chegar junto ao amigo, a tocar-lhe, o primeiro a tentar salvar-lhe a vida, naquele relvado, olha em frente, com a mesma expressão que milhões de pessoas viram pelas câmaras de televisão: lábios levemente abertos, olhos muito vivos, cravados na bandeira húngara que vai desaparecendo ao ritmo audível - doloroso, no meio deste silêncio absoluto - das pás a revolver a terra. Parece imperturbável, mantém-se imóvel até ao fim. E então uma grossa lágrima escorre-lhe pela face esquerda. Tomo não a estanca, nem esboça um movimento para a limpar, deixa que ela gele pelos cinco ou seis graus negativos de Györ, a cidade onde o companheiro cresceu para a vida e para o futebol. As pás já pararam, dúzias de coroas de flores começam a cobrir a campa. Regressa o silêncio.

Adrienn nunca se separa da imagem do noivo. Abraça a sua fotografia desde que o avião da TAP fretado pelo Benfica, cheio com 152 pessoas (família, amigos, toda a equipa, jornalistas), aterra em Budapeste, perto do meio-dia, até chegar ao último destino, duas horas depois - com uma breve passagem por Tatabánya, onde o futebolista nasceu. Durante os duzentos metros que separam a igreja da morada final, a sua imagem é acarinhada, ao de leve, pelas mãos da namorada, como se a frieza do papel permitisse acariciar-lhe os cabelos loiros.

Adrienn e Anikó, a mãe que perdeu um filho, amparam-se enquanto seguem o carro funerário, rodeadas por centenas, provavelmente milhares, de habitantes de Györ. Atrás seguem algumas figuras do desporto e da política: Hermínio Loureiro, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, os empresários José Veiga e Alexandre Pinto da Costa, Lothar Matthäus, seleccionador da Hungria, e Eusébio, o símbolo benfiquista que fez 62 anos no dia mais infeliz do seu clube.

Minutos antes, os amigos e a população, solenemente silenciosa, tinham ouvido os discursos do ministro do Desporto húngaro, de Urban Florian, jogador da selecção magiar, e de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, palavras traduzidas sempre nas duas línguas. Só uma voz feminina, que principiou e conduziu a cerimónia, não teve tradução. Não era preciso. A entoação de dor é universal, e cada colega, cada amigo português, interpretava as palavras estranhas à sua maneira.

No fim, ouve-se uma música pop, do húngaro Nagy Lajos, «Kozeli Helyeken». Era uma das suas preferidas, que até havia interpretado em dueto, na última noite de quarta-feira que passou com o amigo Gabor, atleta do Santa Clara. Uma canção triste, que fala sobre a vida e a morte. Tomo Sokota não o sabe, nem nenhum dos seus companheiros. Mas todos ouviram o mesmo nome a ser repetido naquela voz: Miki.


Luís Ribeiro 29 Jan. 2004*

*Luís Ribeiro é repórter da VISÃO

28.1.04

Momento de (má) fama - II

Foi uma experiência traumática como o são todas as primeiras vezes. Ou não. Ou não... ;-) Ainda bem que ninguém me viu a cara porque se no rescaldo ainda estava da cor dos tomates maduros, durante a coisa, devia estar bem pior.

Já passou e não quero mais. Não nasci para isto. Dispenso a responsabilidade. E não foi uma das razões porque desisti de Direito?

26.1.04

Carpe Diem

Porque a morte é uma coisa estúpida.

23.1.04

Portocólicos anónimos

Já sei que esta vai gerar polémica, mas eu sou assim, goste-se ou não se goste. Quem não gostar, azar, não leia mais.

Na semana passada o meu treinador foi votado o melhor treinador europeu do ano no site da UEFA. Esta semana o meu treinador é o sexto melhor treinador do mundo. Desta vez é oficial, ninguém andou a “votar muitas vezes, todas as noites, no site da UEFA”. No Record diz mesmo com todas as letras: José Mourinho foi considerado pela IFFHS o sexto melhor treinador do mundo em 2003.

Sim, já sei, é convencido, é arrogante, é prepotente, é estúpido, tem o rei na barriga, blá, blá, blá, nhec, nhec, nhec, fon, fon, fon. Por mim, lindamente. Enquanto lhe continuarem a chamar nomes, é sinal que o Porto continua a GANHAR!

E depois goste-se ou não se goste, o homem é bom, carago!

Eu sou... eu sou... eu sou... eu sou portista e gosto!
(ai, ai, ai, ai, ai, lá, lá, lá, lá, lá...)*

* música da Sumol

22.1.04

"The Muppet Show" (Opening)

Females:

It's time to play the music
It's time to light the lights
It's time to meet the Muppets on the Muppet Show tonight.

Males:

It's time to put on makeup
It's time to dress up right
It's time to raise the curtain on the Muppet Show tonight.

Waldorf: Why do we always come here
Statler: I guess we'll never know
Waldorf: It's like a kind of torture
both: To have to watch the show

(brief interlude)

Muppets: And now let's get things started
Audience: Why don't you get things started
Kermit: It's time to get things started
Muppets: on the most sensational inspirational celebrational Muppetational
this is what we call the Muppet Show!

(Gonzo blows his trumpet)

Thank you Fozzy

Começar de novo

Sou de opinião que geralmente todas as mudanças são benéficas. A mim dão-me vontade de fazer coisas novas, sejam elas quais forem. Às vezes basta ter uma agenda nova. Há alguma coisa melhor que ter uma agenda novinha em folha, cheia de dias limpinhos prontos a serem ser preenchidos? O mês de Janeiro também é muito motivador neste aspecto. Há sempre tanta coisa que pensamos "este ano é que é" e mesmo que não venha a ser pelo menos é nesta altura que começamos a tentar.

Também gosto muito de arrumações, pôr tudo em ordem, limpar gavetas, deitar fora a tralha supérflua e oh, quanta tralha se consegue juntar em pouco tempo. É tão engraçado rever coisas antigas e disparates perdidos, voltar um pouco no tempo e deixar que o passado nos lembre de coisas boas e outras menos boas. Dá para rir um bocadinho, certo?

Esta também é uma boa altura para fazer limpezas, começar do zero, arrumar a casa, dar-lhe um ar mais limpo, fazé-la respirar ar fresco, deixar para trás o ar lúgubre e rarefeito, arejar... estou a repetir-me com a história do ar mas é o que sinto. Estou a respirar melhor.

E ainda por cima está um sol magnífico lá fora, não passamos fome, somos saudáveis, temos amores e amigos, estamos bem, estamos felizes. Vamos, ano após ano, começar de novo!

20.1.04

Depois disto...

... preciso de férias!

19.1.04

Obrigada

Pela visita, pela companhia, pela boa disposição e pela amizade. Gostei particularmente da visita mais pequena que é o máximo. Não admira que estejas permanentemente em estado baboso!

15.1.04

Honey I'm home

São 18h30 de uma 5ª feira de Janeiro e chove torrencialmente.

Acabo de entrar no carro e receio que esta vá ser uma viagem longa. 35 kms me separam do meu destino e dos braços do meu amor. Estou a ficar perita em escrever no pára-arranca. Já não dispenso o papel e caneta nestas viagens diárias. Porquê desperdiçar as horas que passo sozinha sentada no carro? Pelo menos assim faço alguma coisa útil. Útil para mim, claro, porque a mão até estava destreinada por agora raramente pegar numa caneta. A culpa é dos computadores.

Acho que é aqui que tenho as minhas melhores ideias e pensamentos. Aqui e no duche, com a vantagem de que aqui estou acordada e no duche nem por isso. Só "acordo" lá pelas 11h. Até aí sou um zombie parecido comigo e nada mais.

Continuo a viagem. Passaram pouco mais de 15 minutos e com uns quantos truques dignos de qualquer Português que se preze, mestre na arte do desenrascanço, estou bem mais perto da casa da Chegada do que seria de supor. Eu não era assim. Juro. Mas a necessidade aguçou-me o engenho. Era isso ou perder a minha sanidade mental todos os dias. Optei pela 1ª. E não me arrependo. O mundo é dos espertos.

Até já consigo escrever sem tirar os olhos da estrada. Desde que depois perceba a letra, tudo bem. Tenho muito mais papel para gastar. Passar o Tejo à noite é uma sensação mágica. Nunca deixo de abrir bem os olhos para apreciar devidamente a vista cá de cima. Adoro ver as luzes nas duas margens e testemunhar a imponência de uma ponte que continua a ser a ponte sobre o Tejo.

Margem Sul. Vou com 25 minutos de caminho e assim está a passar muito mais depressa. 4ª folha do bloco improvisado com papel de rascunho, como boa cidadã ecológica. A esferográfica é do Hotel onde passei a minha lua-de-mel há pouco mais de 3 meses. Um dia destes hei-de escrever sobre esses 15 dias inesquecíveis. De certeza que esta caneta me dá sorte.

Oooops. Abençoado seja o inventor do ABS. Mas a culpa nem foi minha. Por acaso agora até nem ia a escrever.

Notícias das 19h. O som está péssimo. Remind me again porque é que eu oiço este posto...? Ah, por causa das notícias de trânsito. E por falar nele, aqui que nunca está trânsito, hoje está tudo parado. Quando chove parece que ninguém sabe conduzir. Devia haver aulas de condução obrigatórias à chuva. Talvez se evitassem depois alguns acidentes. Eu fiz o meu exame de condução precisamente a chover e nunca me atrapalhei. Agora já só páro em casa.

Afinal não. Faltava o semáforo. Vou com 40 minutos de viagem e afinal não vai ser assim tão longa como eu pensava. Vou deixar de escrever porque aqui finalmente posso acelerar um bocado e compensar as filas de há pouco.

São 19h25 de uma 5ª feira de Janeiro e chove torrencialmente.

Sempre a aprender

Não está (em resposta à última questão). As minha suspeitas confirmaram-se. As fonts têm mesmo de estar instaladas nos pc's onde se acede ao blog. PC diferente, fonts diferentes. Foi o caso. Requer mais estudo. Noutra altura. Stop.

14.1.04

Passei a última hora e meia...

... a fazer experiências. De letras, de tamanhos e de outras coisas mais. Já mencionei que gosto mesmo disto? E que deliro cada vez que escrevo uma vírgula ou apago uma letra e constato que isso pode alterar completamente o grafismo desta página? É mesmo curiosa esta linguagem da programação. Ou melhor esta espécie de linguagem de programação para "iniciados" que estou agora a descobrir.

Hum... acho que o aspecto da coisa ainda não é definitivo. Aceitam-se sugestões. E o desafio é saber se amanhã ainda vai estar tudo como eu deixei. Agora vou dormir. Até amanhã.

Momento de fama

Hoje falaram em mim na Rádio. Epá, dito assim, até parece que sou importante! Mas não. Foi apenas o meu nome dito no meu programa de Rádio favorito, já aqui mencionado ontem. Pois é, o Pedro Ribeiro, esse grande animador das manhãs da Best Rock FM, leu algumas linhas do e-mail que yours truly enviou ontem para o Programa da Manhã.

Ia, como sempre quando acompanho o programa, a conduzir para o trabalho. Foi tão emocionante! Nenhuma das pessoas a quem contei que tinha enviado o e-mail ouviu (excepto o meu hubbie dear... mas também não contei a muitas!) mas já sei que alguém a quem não contei ouviu e já me vieram falar do assunto. Tenho uma amiga que diz que assim se vê o poder da Comunicação. E é verdade. Da Comunicação, dos órgãos de comunicação e das maravilhas da tecnologia. E como umas ondas de rádio chegam a milhares de pessoas que nós não conhecemos e outras que conhecemos e as coisas correm de boca em boca e toda a gente fica a saber... sei lá, é um mundo.

Dizem que todos nós temos direito aos nossos 15 minutos de fama e que mais cedo ou mais tarde essa ocasião vai chegar. Passe o exagero eu já tive os meus segundos de "fama" na Rádio e não preciso de mais. Eram 8h37 da manhã do dia de hoje e, durante uns segundos, milhares de pessoas ficaram a saber o que escrevi. Foi mesmo giro!

Sabem que mais? Posso nunca mais ouvir o meu nome na Rádio mas melhor que fama é continuar a ser importante para aqueles que realmente (me) importam, todos de quem gosto e todos que gostam de mim!

13.1.04

Parabéns Xutos

Já falei disto aqui hoje mas eles merecem mais, simplesmente porque são "eles".

Por isso não podia deixar passar a data sem dar os Parabéns à minha banda favorita de sempre e desejar que continuem por outros 25 anos [se os Stones conseguem, porque não? :-) ] com o mesmo estilo a que nos habituaram. Com a mesma garra, com o mesmo empenho, com a mesma simpatia. Com a mesma energia que consegue juntar duas gerações completamente diferentes em cada concerto.

A última vez que os vi ao vivo (e felizmente já são umas quantas para não conseguir enumerar todas) foi algures no Verão e reparei com um misto de surpresa e agrado que estava lado a lado com miúdos que ainda nem tinham nascido quando eu comecei a ouvir Xutos. E que, tal como eu, cantavam a plenos pulmões as primeiras músicas que eu conheci dos Xutos, músicas que nasceram ao mesmo tempo que eles.

E depois havia os outros, os "avós", respeitáveis pais de família hoje em dia e que certamente já acompanharam como adultos os primeiros tempos dos Xutos no início dos anos 80. E tal como os seus filhos ou como a minha geração intermédia, entoam estes hinos como se fossem seus.

Não acham que eles merecem? Eu acho que sim, por isso Parabéns Tim, Parabéns Zé Pedro, Parabéns Kalu, Parabéns Cabeleira, Parabéns Gui e Parabéns a toda a equipa que vos tem acompanhado ao longo destes 25 anos. E já agora, Parabéns para todos nós, vossos indefectíveis fãs!

Parabéns Xutos!

"E-mail aberto" ao Programa da Manhã da Best Rock FM

Olá aos 3!

Hoje de manhã o Pedro tinha razão. É impossível ouvir a música do Roque Santeiro tantos anos depois e conseguir resistir a cantá-la. E como é que tantos anos depois ainda todos sabemos a letra? Mistérios da meia-noite como alguém também dizia numa música dessa saudosa novela.

É a primeira vez que vos escrevo mas sim, eu sou mais uma daquelas malucas que ri sozinha dentro do carro a caminho do trabalho. E algumas das "Músicas para sonhar" até me fazem vir as lágrimas aos olhos. Não podiam ter tido uma ideia melhor ao inventar esta rubrica. Todos os dias espero ansiosamente para saber qual a música que escolheram e será que eu conheço e será que me lembro da série? E depois lá vou eu a conduzir de sorriso parvo estampado na cara a trautear até as músicas japonesas, sem perceber nada, claro.

Mas o Nuno também tinha razão. Foi em 1988 que o Roque Santeiro passou na nossa televisão. Lembro-me bem porque tinha 16 anos (somos da mesma fornada, tenho agora 31) e passei o mês de Julho no estrangeiro perdendo assim o último mês de exibição da que também considero ter sido a melhor telenovela de sempre (tendo sido na altura introduzida aos Neighbours que na altura passavam por terras belgas. Mas não era a mesma coisa!). Na altura fiquei mesmo traumatizada!

A Maria, pois a Maria também tem sempre razão, basta ser mulher :-)

Já agora também aproveito para dizer que gostei muito da escolha da música com que fizeram hoje a homenagem dos 25 anos de carreira "da" banda rock portuguesa, os grandes Xutos & Pontapés. Muitas mais haveria por onde escolher nestes 17 anos que já levo de fã mas pessoalmente sou incapaz de dizer qual é a minha preferida. Desse álbum todas trazem grandes recordações. A Vida Malvada é uma das minhas favoritas mas também nunca dormi no carro em pêlo :-) O Circo de Feras é um marco histórico, como certamente perceberão se derem uma saltada a http://www.circodeferas.blogspot.com

E agora se me permitem, vou lá pôr esta carta fazendo assim a minha homenagem ao grande, fantástico, maravilhoso, inenarrável, superbo e outras coisas mais... Programa da Manhã da Best Rock FM.

Obrigada Pedro, Obrigada Maria, Obrigada Nuno por serem exactamente assim

Beijinhos

Susana Camacho Palma

8.1.04

Johnny

Amo-te.
E esta foi a melhor maneira que me ocorreu para o demonstrar.

7.1.04

A tradição ainda é o que era

Sabiam que há uma aldeia em Trás-os-Montes que tem como tradição no dia dos Reis dar maços de cigarros às crianças para elas fumarem alegramente? E é vê-las com 6,7,8 anos, de cigarro aceso ao canto da boca incentivadas pelos próprios pais e demais adultos que lhes acendem cigarros atrás de cigarros.
O meu queixo continua caído em frente à tv desde que vi esta notícia ontem. Tive de me besliscar para ter a certeza que não estava a sonhar e olhar para o calendário para confirmar que não tinha adormecido e acordado apenas no dia 1 de Abril.
Há realmente muitas tradições que deviam ser como a do JB.

6.1.04

Gosto disto

Apesar dos meus conhecimentos serem algo limitados, gosto disto.
Apesar de nunca conseguir fazer nada do que quero à primeira, gosto disto.
Gosto disto porque é um mundo novo em que as possibilidades são infinitas (e onde há de tudo!).
Gosto disto porque à distância de uma letra ou de uma vírgula, consigo mudar totalmente a "minha" imagem.
Apesar de ainda ser prematura a minha existência no ciberespaço, gosto disto.
Apesar das ferramentas ao meu dispor serem algo limitadas, gosto disto.
Quem sabe não é um começo de uma bela amizade.
Gosto mesmo disto.

5.1.04

Bem vindos a 2004

Também comecei o ano a brindar com Champomy. Eu e as duas crianças que estavam na "festa". Os (outros) adultos ficaram-se pelo champanhe mas assim é muito mais original. Aquilo sabe a sumo de uva com gás, não é? Pareceu-me mais ou menos isso. Não é nada de especial mas é melhor que o verdadeiro, do qual não gosto nem um bocadinho. De resto a entrada no novo ano foi bem gira, e tirando o meu mais que tudo, foi passada com pessoas com as quais nunca tinha passado um ano e que até há pouco mais de 3 meses nem sequer conhecia mas que hoje já considero amigos. E espero até vir a passar muitos outros bons momentos com eles.

Entretanto o ano acabou e outro começou e de resto tudo me parece igual. A secretária está igual, os papéis estão no mesmo sítio... não sei o que estava à espera mas pensei que quando chegasse cá hoje algo me dissesse inconscientemente que tinhamos entrado no novo ano. Mas não, só mesmo o calendário em cima da mesa me garante que estamos mesmo em 2004. Espero que seja um ano de boa colheita. Vou tentar fazer por isso.